FISIOTERAPIA NO PÓS-OPERATÓRIO MEDIATO DE TRANSPLANTE RENAL
O estudo justifica-se pelo interesse de avaliar o impacto da cirurgia abdominal baixa nos transplantados renais, levando em conta prováveis alterações na dinâmica respiratória; e a importância da fisioterapia nesse processo, no pós-operatório mediato. A motivação ocorre pelo fato de que poucos estudos se voltam para as repercussões da cirurgia abdominal baixa na respiração.
Estudo quantitativo, baseado na interpretação de 07 prontuários de pacientes transplantados renais no hospital universitário Walter Cantídio. Foram observados a ausculta pulmonar e o aspecto abdominal; e a atuação da fisioterapia no pós-operatório mediato.
Foram incluídos 07 pacientes. A maioria apresentou murmúrio vesicular na ausculta pulmonar sem ruídos adventícios. Apenas um desenvolveu ronco, enquanto outro teve diminuição do murmúrio em base. Houve predominância de abdômen flácido e doloroso. Todos realizaram fisioterapia respiratória e motora em bipedestação no primeiro pós-operatório e deambulação a partir do segundo dia.
Embora no estudo os pacientes tenham mostrado pouco comprometimento respiratório, pacientes com insuficiência renal crônica costumam apresentar alterações nessa função, como diminuição da força e da capacidade residual funcional. Ademais, o risco de infecções é a principal complicação hospitalar, de modo que as doenças do trato respiratório aparecem como causa, predominantemente múltipla, de óbitos em pacientes em Terapias Renais Substitutivas. Dessa forma, conclui-se que os pacientes submetidos ao transplante renal, podem vir a apresentar alguma variação na função pulmonar e/ou motora, razão pela qual a fisioterapia atua tanto de maneira curativa como preventiva, no pós-operatório mediato.
Transplante. Rim. Fisioterapia.
Rim
Hospital Universitário Walter Cantídio - HUWC/UFC - Ceará - Brasil
ANA LEONILIA SOUZA COSTA