Título

LINFOMA APÓS TRANSPLANTE HEPÁTICO, INCIDÊNCIA EM UM PERÍODO DE 25 ANOS E REVISÃO DE LITERATURA.

Introdução

Transplante hepático é modalidade terapêutica bem estabelecida para tratamento de doença hepática terminal, com necessidade de imunossupressão, a qual, como complicação do uso prolongado, pode estar associado a ocorrência de doenças linfoproliferativas. Objetivou-se avaliar a casuística de linfomas em pacientes submetidos a transplante hepático no período de 25 anos em um hospital universitário.

Material e Método

Os dados foram obtidos retrospectivamente, através da análise de prontuários médicos dos pacientes submetidos a transplante hepático no Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas, no período de janeiro de 1992 a dezembro de 2016.

Resultados

Em uma série de 846 pacientes submetidos a transplante hepático, de janeiro de 1992 a dezembro de 2016, foram encontrados 4 casos de linfoma (0,47%): 3 deles, linfoma de células B não-Hodgkin e 1, linfoma de Hodgkin. O tempo médio entre o transplante hepático e o aparecimento da neoplasia foi de 7,25 anos. O esquema de imunossupressão utilizado por todos os pacientes antes do diagnóstico foi tacrolimus associado a micofenolato, sendo substituídos em três dos casos por everolimo e em um deles por sirolimo. Todos os pacientes foram submetidos a quimioterapia, sendo que um paciente apresentou remissão completa quatro anos após o diagnóstico; um, manutenção de doença e programação de transplante de medula óssea; dois óbitos: um deles seis meses após o diagnóstico, por infiltração meníngea e o outro, 10 meses após o diagnóstico, por quadro de sepse de foco pulmonar.

Discussão e Conclusões

O diagnóstico de linfoma deve ser aventado durante o acompanhamento no pós operatório de transplante de fígado e feito seu diagnóstico precocemente, exibe proposta terapêutica promissora.

Palavras Chave

Transplante hepático; imunossupressão; Linfoma; Doenças Linfoproliferativas.