Título

INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA FULMINANTE - CASUÍSTICA DE 25 ANOS EM UM ÚNICO SERVIÇO E BENEFÍCIO DA REALIZAÇÃO DE TRANSPLANTE DE FÍGADO.

Introdução

A insuficiência hepática fulminante (IHF) apresenta alta morbimortalidade e se caracteriza por acelerada deteriorização da função hepática em paciente sem hepatopatia prévia, cursando com coagulopatia e disfunção neurológica. Apresenta prognóstico variável, sendo relatada sobrevida menor que 15% sem transplante hepático (TH). Objetivou-se descrever a população de pacientes com diagnóstico de IHF com indicação de TH no serviço de transplante de fígado da Universidade Estadual de Campinas, no período de 1991 a 2017.

Material e Método

Trata-se de estudo retrospectivo, no qual foram analisados pacientes com diagnóstico de IHF, inseridos em lista para TH. Os pacientes foram divididos em dois grupos: 1, listados, mas não transplantados; e 2, transplantados e foram avaliadas as variáveis idade, sexo, tempo decorrido até o TH ou óbito e taxas de sobrevida em 30 dias.

Resultados

Foram avaliados 71 pacientes, sendo 48 pacientes do sexo feminino (67,6%) e 23 do sexo masculino (32,39%). Grupo 1: constituído por 32 pacientes (45,07%), idade média de 29,31 anos; 26 óbitos a espera do TH (81,25%) e 6 (8,45%) foram recuperações da função hepática; com tempo médio entre o diagnóstico e o óbito de 5,19 dias. Grupo 2: constituído por 39 pacientes (54,92%); idade média de 37,25 anos; sobrevida em 30 dias de 41,02%, com tempo médio entre o diagnóstico e o TH de 3,28 dias.
Dentre os que apresentaram melhora da função hepática a idade média foi de 12,33 anos e, considerando apenas os adultos, houve apenas uma recuperação da função hepática, equivalendo a mortalidade de 96,29% em pacientes adultos que não foram submetidos a TH, contra 58,98% de mortalidade se submetidos ao TH.

Discussão e Conclusões

A IHF atinge faixa etária ativa, sendo que o TH diminui sobremaneira a mortalidade dentre esses pacientes.

Palavras Chave

Hepatite Fulminante; Transplante Hepático.