Título

AVALIAÇÃO DA RECIDIVA DE HEPATOCARCINOMA APÓS TRANSPLANTE HEPÁTICO EM PACIENTES SUBMETIDOS A TERAPIA DE INDUÇÃO DE IMUNOSSUPRESSÃO COM BASILIXIMAB.

Introdução

O transplante hepático (TH) é considerado opção terapêutica para o Carcinoma Hepatocelular (CHC), com bom potencial de cura e sobrevida, sendo a recidiva complicação associada a pior prognóstico. O Basiliximab é utilizado como terapia de indução (TI) de imunossupressão,considerado eficiente em prevenir rejeição celular (RC). Objetivou-se avaliar a recorrência do CHC e sobrevida após o TOF em pacientes que utilizaram o Basiliximab como TI.

Material e Método

Avaliação retrospectiva de pacientes submetidos a TOF no período de 2012 a 2016 no serviço de TH da UNICAMP, que receberam Basiliximab como TI, e tinham como indicação de TH a presença de CHC associada a cirrose hepática.

Resultados

Foram avaliados 114 pacientes submetidos a TH que receberam o Basiliximab como TI. Houve 29 casos de RC (25,43%); 59 pacientes apresentavam CHC (51,30%), com idade média de 57,78 anos, 13 pacientes (22,03%) do sexo feminino e 46 (77,96%) masculino. A principal causa da hepatopatia foi o vírus C em 42 pacientes (71,18%). Houveram 6 casos de recidiva de CHC (10,16% dos casos), com mortalidade de 50% em seguimento médio de 31,3 meses.

Discussão e Conclusões

Relata-se menor incidência de RC no pós TOF com uso de Basiliximab, descrita incidência de 23%, comparados a 41% em esquemas que não o utilizam. Dados dessa população corroboram tal fato, com 25,43% de RC.
Em série histórica dessa instituição, foram avaliados 101 pacientes submetidos a TOF devido CHC no período de janeiro de 2005 a janeiro de 2012 que não utilizaram Basiliximab como TI, com recorrência do CHC em 10 casos (9,9%), em seguimento médio de 25,28 meses.
Assim sendo, pode-se concluir que, na população avaliada, o uso de Basiliximab levou a menor incidência de RC, não sendo associado a maior recorrência de CHC.

Palavras Chave

Hepatocarcinoma; Recidiva; Transplante Hepático.