IMPLEMENTO DA SOBREVIDA DE PACIENTES COM HEPATOCARCINOMA RECIDIVADO COM USO DE INIBIDORES DA MTOR.
A presença de malignidade pós transplante de fígado é considerada uma grave complicação pós operatória com sobrevida escassa graças ao uso da imunossupressão. A utilização de inibidores da mTOR tem sido proposto devido aos benefícios da atividade anti-tumoral da rapamicina. Objetivou-se verificar a sobrevida de pacientes com diagnóstico de hepatocarcinoma com uso de inibidores da mTOR verificando o implemento da sobrevida.
Avaliação retrospectiva dos pacientes que utilizaram inibidores da mTOR, no período de 2013 a 2016 no serviço de transplante hepático da Universidade Estadual de Campinas. O acompanhamento pós operatório foi realizado com tomografia e alfa feto proteína semestrais.
Foram avaliados 81 pacientes com uso de inibidor da mTOR como imunossupressão única no pos opertório de transplante hepático. Desses, 28 (34,6%) pacientes iniciaram o uso do inibidor por achado de hepatocarcinoma com invasão micro-vascular, angio-linfática ou fora dos critérios de Milão após avaliação do explante; oito (28,6%) apresentaram recidiva do hepatocarcinoma, com média de 10 meses pós transplante, sendo que 5 evoluíram a óbito e 3 pacientes permaneceram vivos com sobrevida global de 30 meses.
Apesar da elevada mortalidade na população com recidiva de hepatocarcinoma, a sobrevida global desses pacientes com tumores com características de agressividade demonstrou-se superior a literatura sugerindo benefício do uso de inibidores da mTOR.
Inibidores da mTOR; Hepatocarcinoma; Recidiva; Transplante hepático.
Fígado
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS - São Paulo - Brasil
ELAINE CRISTINA DE ATAIDE, SIMONE REGES PERALES, FERNANDA DIAS TERAMOTO, RAQUEL SILVEIRA BELLO STUCCHI, BRUNO BRACCO DA SILVA, RODRIGO GONZALEZ BOCOS, ALOYSIO IKARO MARTINS COELHO COSTA, BRENNO SALVADORI SONTAG, PEDRO FRANCA DA COSTA SOARES, MARINA CORREA VIANA, ILKA DE FATIMA SANTANA FERREIRA BOIN