FATORES QUE INTERFEREM NO TEMPO DE INTERNAÇÃO EM PACIENTES SUBMETIDOS A TRANSPLANTE RENAL
O prolongamento no tempo de permanência hospitalar, relacionado às características e a fatores ligados à patologia do paciente, bem como, complicações pós-cirúrgicas, aumentam o custo da instituição, reduzem as chances de outros pacientes receberem o tratamento, além de aumentar o risco de complicações, principalmente às infecções hospitalares. A evolução pós-transplante sem intercorrências neste período inicial está associada à melhor sobrevida a longo prazo. O objetivo deste estudo foi avaliar quais os fatores interferem no tempo de internação nos pacientes que se submeteram a cirurgia de transplante renal.
Estudo transversal, documental de abordagem quantitativa, realizado em Hospital Público Universitário, no período de jun/2015 a fev/2016 por intermédio de formulário preenchido no momento da internação até alta hospitalar. Realizou-se análise estatística descritiva e inferencial
A amostra foi composta por 80 pacientes, 63% (50) do sexo masculino, a média da idade foi de 45,8 anos (24-70) e tempo de internação foi 19,1 (5-93) dias. Os fatores que aumentaram o tempo de internação foram: função retardada do enxerto 45% (36), infecções 23,8% (19), problemas logísticos 2,5% (2), outras causas com menor incidência. Pacientes que apresentaram problemas logísticos ficaram internados em média de 58,5 dias, seguidos de rejeição aguda 34 dias, infecções, 32,7 e função retardada do enxerto com média de 27,3 dias.
Fatores logísticos exerceram grande impacto no prolongamento da internação e a função retardada do enxerto é a complicação mais frequente no pós operatório de transplante renal. Em outros estudos houve associação entre rejeição e infecção, no presente a rejeição foi de baixa incidência.
Transplante renal, Tempo de Hospitalização, Complicações pós transplante
Enfermagem
Hospital Geral de Fortaleza - Ceará - Brasil
Tamizia Cristino Severo Souza, Celi Melo Girão, Tomaz Edson Henrique Vasconcelos