POTENCIAIS DOADORES DE ÓRGÃOS ACIMA DOS 51 ANOS DE UM HOSPITAL DO LITORAL NORTE DO RIO GRANDE DO SUL
Uma das estratégias para reduzir a falta de órgãos é a utilização de doadores com critérios expandidos. Entretanto, estes órgãos levantam a dúvida quanto a qualidade do enxerto. Este trabalho tem como objetivo avaliar o aproveitamento de doadores de critério expandido num hospital do litoral norte.
Estudo descritivo exploratório com abordagem quantitativa, com dados coletados a partir relatórios de atividade da CIHDOTT do hospital estudado no período de 2013 a 2016 confrontados com os relatórios fornecidos pela OPO II no mesmo período.
Foram notificados 63 (100%) potenciais doadores ao total. Destes, 30 (47,62%) pacientes tinham mais de 60 anos de idade, sendo 12 doadores com órgãos efetivamente transplantados. O Doador de maior idade tinha 76 anos e teve o fígado enxertado em receptor. Foram aproveitados 19 Rins (32,75%) e 07 fígados (24,14%) para transplantes. As principais causas para descarte foram: Alterações macroscópicas 04 (33,33%), má perfusão 01 (8,33%) e alteração em biópsia 02 (16,66%).
Os pacientes com idade acima dos 60 anos geram duvidas quanto a qualidade do enxerto. Contudo, o aproveitamento verificado dos órgãos foi de 79,16% para os rins e 58,33% para o fígado. A literatura mostra que é necessário uma avalição individualizada, baseado em dados específicos para determinar a qualidade.
Doação de órgãos; Transplante de órgãos; Morte Encefálica; Critérios Expandidos.
Multidisciplinar
Hospital Tramandaí - Rio Grande do Sul - Brasil
Gaston Hector Garcia, Bruna Antonov Veiga, Elaine B. Ruschel, Camila Voigt Ferreira, Régis Soster Santa Maria, Guilherme dos Santos Lopes, Pamela Mozena, Polianna Costa Santos