Mind the gap: O abismo que separa a doação do transplante continua crescendo
Doação tem como único objetivo o transplante, mas o processo é complexo e a expertise das equipes assistentes é primordial para que o maior número de órgãos possa ser utilizado no transplante.
O Brasil tem investido no processo de doação e transplante, alguns estados tem se destacado no processo mas proporcionalmente temos visto uma redução na relação doação e transplante.
O manejo adequado com potencial doador tem imposto um desafio a todos, a falta de estrutura em hospitais públicos tem comprometido e dificultado os avanços na doação
Trata-se de uma pesquisa quantitativa, descritiva, exploratória, retrospectiva. Os dados foram descritos através de análise de freqüência relativa. A amostra do estudo consistiu doações e transplantes realizados em alguns estados entre janeiro de 2007 a dezembro de 2016 e notificados à ABTO pelas CNCDOs, Utilizou-se uma planilha com dados sobre doação e transplante pmp realizados no período.
Apesar do aumento nas doações, com alguns estados superando 30 doadores pmp, proporcionalmente o número de transplantes por doação na maioria dos estados analisados está em queda. Percebemos que a doação e o transplante andam paralelos ao longo dos anos mas a distância entre as duas está cada vez menor. SC apresentou 36,8 doadores pmp em 2016, mas ao mesmo tempo teve a menor relação doação x transplante no grupo analisado com 1,6 transplantes por doação, abaixo da média nacional de 2,2 transplantes por doação;
Existe uma demanda crescente para transplante de coração, rim e córnea.
A demanda para transplante de fígado apresentou queda
Este estudo evidenciou que precisamos aumentar as doações mas precisamos com maior urgência melhorar o cuidado com o doador para que mais órgãos possam ser transplantados com a doação que temos
Doação
Transplante
Coord. Tx / Ética
CNCDO - Distrito Federal - Brasil
DANIELA SALOMAO, Aderivaldo Cabral Dias Filho