Título

O custo de uma córnea óptica

Introdução

O programa de transplantes no Brasil é um dos maiores programas em números absolutos do mundo, sendo que a maior parte dos transplantes, mais de 95%, são feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O sucesso desta atividade está relacionado ao financiamento SUS de grande parte das ações relacionadas à doação, bem como ao transplante. O primeiro passo nesse sentido foi dado com a criação do Fundo de Ações Estratégicas e Compensação (FAEC), pela Portaria 531 de 30/10/1999. O objetivo deste trabalho é identificar o custo de uma córnea óptica para o SUS.

Material e Método

Trata-se de um estudo exploratório, quantitativo, transversal e retrospectivo, baseado nos dados coletados no banco de dados dos doadores de córneas notificados à central de transplantes do estado de São Paulo, no ano de 2016. A amostra totalizou 7.268 doadores de córneas. Para calcular os valores pagos, relacionados ao processo de captação, foi utilizado o SIGTAP.

Resultados

Os procedimentos utilizados para cálculo desta pesquisa foram: Entrevista Familiar R$ 420,00; Retirada de globo ocular R$ 322,38; Sorologia R$ 60,00; Separação e avaliação biomicroscopica da córnea R$ 367,20; Contagem de células endoteliais R$ 64,80 e Líquido de preservação R$ 148,00. Dos 7.268 doadores, em 30 casos a extração foi unilateral; sendo assim, temos 7.238 doadores em que a extração foi bilateral. Do total de córneas captadas em 2016, 6.222 foram descartadas por sorologia, infiltrado, etc... 4.595 foram classificadas como ópticas.

Discussão e Conclusões

Considerando os valores pagos para cada etapa do procedimento, chegamos ao seguinte resultado de valores pagos pelo SUS: o total de gastos para as captações do estado de São Paulo foi de R$ 19.018.080,88, dividindo este valor pelo total de córneas ópticas disponibilizadas, temos o valor de R$ 4.138,86.

Palavras Chave

Transplante de córnea

Área

Imuno/Histo/Tecidos