Título

Avaliação do conhecimento de universitários sobre doação de órgãos no Rio de Janeiro

Introdução

Os principais fatores limitantes à realização de transplantes são à ausência de notificação de morte encefálica, captação e distribuição de órgãos deficiente, falta de política de educação aos profissionais de saúde e o não conhecimento do processo, além da recusa familiar. Atualmente o Brasil ocupa a segunda posição mundial em números absolutos de realização de transplante hepático e renal, porém em números relativos cai para 32ª e 25ª posição respectivamente. O objetivo do estudo foi avaliar o conhecimento de universitários no Rio de Janeiro, de três áreas de formação, sobre o sistema de doação de órgãos no Brasil.

Material e Método

Aplicou-se um questionário, formatado em dez perguntas fechadas e o termo de consentimento, permitindo análise do conhecimento entre os subgrupos: biomédicas, humanas e tecnológicas.

Resultados

Obteve-se 115 formulários, 73 respondidos por mulheres, idade variou entre 17-57 anos. A biomédica teve maior número de respostas (39,1%). 78,3% declararam não serem doadores e 71,3% desconhecem o que é necessário para doar. 25,2% conhecem algum doador/receptor e 18,3% conhecem a legislação sobre o tema. 95,7% sabiam que existe transplante entre vivos e 73% conhecem alguma doença que impeça a doação. 63,5% não pensam em doar o corpo para estudo, 54,8% creem que sem morte encefálica pode haver doação e 93% acham que existe comércio de órgãos no Brasil. Sobre qual órgão pode ser doado, rim e coração foram os mais lembrados com 82,6% e 80% respectivamente.

Discussão e Conclusões

A maioria da população estudada não conhece o tema com profundidade. Um número expressivo não confia no sistema de distribuição de órgãos e creem no comércio de órgãos no Brasil, podendo ser esta uma possível explicação para a resistência em se declararem doadores.

Palavras Chave

Doadores de Tecido; Transplante; Avaliação em Saúde.