Retransplante pulmonar: experiência de um centro brasileiro
O número de transplantes de pulmão vem aumentando a cada ano, de acordo com as estatísticas mundiais. Consequentemente, aumenta também a necessidade de retransplante pulmonar devido à rejeição crônica e disfunção grave do enxerto. Segundo os dados da ISHLT, a proporção de retransplante corresponde a cerca de 2,5% do total de transplantes. Embora os resultados do retransplante ainda sejam inferiores ao do primeiro transplante, esses parâmetros vem melhorando gradativamente. Pretende-se analisar a experiência de um centro brasileiro em retransplante pulmonar, avaliando sobrevida e resultados relacionados ao procedimento.
Foi analisada a experiência em transplante pulmonar de um centro de referência, de 1989 a 2017, com seleção de todos os pacientes submetidos a retransplante.
Nesse período foram realizados 536 transplantes, sendo 17 retransplantes (3,17% do total). A principal indicação do retransplante foi rejeição crônica. Desses, 14 foram bilaterais e 3 unilaterais. A mediana entre o transplante inicial e o retransplante foi de 39 meses. Atualmente, 6 pacientes encontram-se vivos, equivalendo a 35% do total dos retransplantes, com mediana de sobrevida de 57 meses.
Embora o retransplante seja um procedimento ainda bastante complexo e com resultados inferiores ao transplante inicial, o aumento da necessidade de realização do mesmo e os seus resultados progressivamente melhores reforçam a importância da oferta dessa alternativa para tratamento de pacientes transplantados com disfunção do enxerto.
transplante pulmonar; retransplante
Pulmão/Coração/Uti/Anestesia
Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre - Rio Grande do Sul - Brasil
Stephan Adamour Soder, Spencer Marcantonio Camargo, Fabiola Adelia Perin, Sadi Marcelo Schio, José de Jesus Peixoto Camargo