Impacto do transplante renal e do esquema imunossupressor na força muscular, capacidade funcional e qualidade de vida - Estudo longitudinal.
O transplante é a melhor opção de tratamento em longo prazo quando comparado à diálise de manutenção no paciente com doença renal crônica. Esse tratamento é obrigatoriamente combinado ao uso de imunossupressores porém, os efeitos colaterais destas medicações na força muscular respiratória e periférica, capacidade funcional e qualidade de vida dos pacientes permanecem desconhecidos e o objetivo deste estudo foi avaliar estes desfechos.
Estudo longitudinal, com 40 pacientes avaliados desde o período pré-transplante até 6 meses após a cirurgia, para avaliar a força muscular respiratória e periférica por meio da força muscular respiratória e de preensão palmar, qualidade de vida e capacidade funcional por meio do teste Time Up and Go (TUG).
Comparando com o período pré-operatório, após 6 meses de transplante os pacientes evoluíram com melhora na força muscular respiratória, PImáx 44% e na PEmáx 28,96% , da periférica, MMSS 13,81% e MMII 26,95% e na qualidade de vida.
Após seis meses de transplante os pacientes apresentaram melhora na força muscular respiratória e periférica, e na qualidade de vida. Porém mesmo com a melhora, os pacientes apresentam fraqueza muscular e a evolução na qualidade de vida não foi considerada satisfatória. Com isso, mesmo após o transplante os pacientes apresentam alterações negativas nas variáveis estudadas independentemente do esquema imunossupressor utilizado.
transplante renal, força muscular, qualidade de vida, imunossupressores
Multidisciplinar
Hospital do Rim e Hipertensão - UNIFESP - São Paulo - Brasil, Universidade Cidade de São Paulo - UNICID - São Paulo - Brasil
Ana Paula Pereira Silva, Adriana Claudia Lunardi, Juliana Santi Sagin Pinto Bergamim, Luciana Dias Chiavegato