TRANSPLANTE HEPÁTICO EM PACIENTES PORTADORES DO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA NO HOSPITAL SANTA ISABEL EM BLUMENAU, SANTA CATARINA
O transplante de fígado é uma intervenção terapêutica que tem por finalidade melhorar a qualidade de vida e aumentar a sobrevida de pacientes terminais com hepatopatia crônica. O transplante hepático em pacientes HIV positivo enquadrava-se como contraindicação absoluta. Entretanto, há diversos relatos na literatura em que a morbimortalidade relacionada ao HIV após o transplante hepático se equiparou à de pacientes soronegativos.
Trata-se de uma coorte retrospectiva, em que o critério de inclusão seria o paciente soropositivo para o HIV ter sido submetido ao transplante hepático no Hospital Santa Isabel em Blumenau, Santa Catarina, entre março de 2012 e junho de 2015. O estudo foi feito através da coleta de dados secundários pelos prontuários dos pacientes durante permanência hospitalar por motivo de transplante.
A amostra foi constituída de 5 pacientes, sendo 60% do sexo masculino, com idade média de 54 anos. A média de sobrevida foi de 530 dias, calculada desde o dia do transplante de cada paciente até julho de 2016. A insuficiência hepática por infecção do vírus HCV foi o principal motivo de indicação de transplante (60% dos casos), seguida do hepatocarcinoma. Todos os participantes possuíam carga viral do HIV pré-transplante não detectável. A Lamivudina foi a única terapia antirretroviral utilizada em 100% dos pacientes.
O transplante de fígado em portadores do vírus HIV com hepatopatia terminal é uma modalidade viável de tratamento para esses pacientes. O perfil epidemiológico apontou predomínio do sexo masculino na faixa etária estudada. A principal indicação do procedimento foi a insuficiência hepática terminal por HCV. A Lamivudina foi administrada a todos os pacientes por intensificar a ação dos demais antirretrovirais utilizados.
Transplante Fígado HIV
Fígado
Universidade Regional de Blumenau - Santa Catarina - Brasil
Giselle Cristine Rodrigues Silva, Débora Natalie Ropelato, Marcelo Augusto Scheidemantel Nogara