Percepção de Fadiga e Capacidade Funcional em Receptores Renais no Pré e Pós-Operatório de Transplante Renal
Doentes renais crônicos apresentam alta prevalência de fadiga e capacidade funcional limitada, especialmente os submetidos à diálise de manutenção. Por ser pouco estudada a evolução desses aspectos após o transplante renal, o objetivo foi avaliar o . impacto do transplante renal na percepção de fadiga e capacidade funcional dos receptores renais e identificar aspectos clínico funcionais que se associem à percepção de fadiga.
Estudo prospectivo com 51 receptores renais de doadores vivos. Os pacientes foram avaliados nos períodos pré-transplante renal e após 45 e 75 dias quanto à percepção de fadiga (Multidimensional Fatigue Inventory - MFI-20) e capacidade funcional (Teste do Degrau de 6 Minutos - TD6M). Foi utilizado ANOVA para medidas repetidas, teste t pareado para comparação da capacidade funcional nos momentos pré e pós 75 dias de transplante e correlação entre as principais variáveis.
Houve melhora significativa pós 45 e 75 dias de transplante dos domínios de Fadiga Mental, Redução da Atividade e Redução da Motivação. O número de degraus subidos no TD6M aumentou significativamente (Δ=11,0 ± 24,2, p=0,002) após o transplante renal. O domínio de Fadiga Geral apresentou correlação positiva com níveis de ansiedade em todos os momentos do estudo (p<0,02).
Em curto prazo aspectos cognitivos e comportamentais da fadiga em receptores renais melhoram após o transplante renal, bem como sua capacidade funcional. Parece que a percepção de fadiga nessa população esta associada com os níveis de ansiedade apresentados pelos pacientes.
Fadiga;Tolerância ao Exercício;Transplante Renal
Multidisciplinar
Hospital do Rim e Hipertensão - UNIFESP - São Paulo - Brasil, Universidade Cidade de São Paulo - UNICID - São Paulo - Brasil
Fernanda Ribeiro Santana, Daniela Annanias Gimenes de Paula, Erika Aparecida Bordignon Suster, Marina Pontello Cristelli, Luciana Dias Chiavegato