Título

CAUSAS DA NÃO EFETIVAÇÃO DA DOAÇÃO DE ÓRGÃOS PARA TRANSPLANTE EM POTENCIAIS DOADORES DE UM HOSPITAL DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA DE SÃO LUÍS-MA

Introdução

A espera por um órgão para transplante ainda é longa, pois a demanda é menor que o número de doações para efetivação do procedimento. O objetivo deste trabalho é verificar as causas da não efetivação da doação de órgãos para transplante em potenciais doadores (PD) de um Hospital de Urgência e Emergência de São Luís - MA.

Material e Método

Estudo retrospectivo com abordagem quantitativa, com dados coletados a partir de relatórios de atividade mensal da CIHDOTT do hospital estudado no período de 2010 a 2016.

Resultados

Foram identificadas 195 (100%) notificações de PD, com 110 (56,4%) entrevistas familiares realizadas e 85 (43,6%) não realizadas. Dos casos entrevistados, 89 (81%) foram negados e 21 (19%) convertidos em positiva familiar para doação. As causas de não doação foram: parada cardiorrespiratória (PCR) antes da conclusão do protocolo de morte encefálica (ME) (22,4%), causas adversas relacionadas a motivos familiares (15,5%), incompreensão do diagnóstico de ME (11,5%), familiares indecisos (8,0%), desejo pelo corpo íntegro (7,5%), falta de condições hemodinâmicas para fechamento do protocolo de ME (5,0%) e PCR antes da entrevista familiar (4,0%).

Discussão e Conclusões

O manejo adequado do PD contribui para manutenção de funções orgânicas e estabilidade hemodinâmica, garantindo a qualidade dos enxertos e redução dos casos de PCR durante execução do protocolo de ME. A recusa familiar ainda é elevada, sendo necessárias medidas de sensibilização à população e capacitação sobre assuntos relacionados ao processo para os profissionais envolvidos. Desta forma, medidas de otimização desde a identificação precoce do PD, manutenção hemodinâmica adequada e acolhimento dos familiares são necessárias para redução dos índices de não doação nesta unidade.

Palavras Chave

Doação de órgãos; Transplante de órgãos; Morte encefálica.