Título

PROCESSO DE DOAÇÕES DE ÓRGÃOS E TECIDOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SÃO LUÍS-MA, 2013 A 2016

Introdução

O transplante de órgãos e tecidos tem a finalidade de salvar vidas ou melhorar a qualidade de vida de pacientes em estado avançado de doenças terminais. Entretanto, o aumento na demanda de indicações de transplantes não acompanha a oferta de órgãos e tecidos da fila de espera. O objetivo deste estudo foi descrever a evolução da experiência de doação de órgãos e tecidos em um hospital universitário no período de quatro anos.

Material e Método

Este é um estudo retrospectivo baseado em registros estatísticos da Comissão Intra-hospitalar de Transplante de um hospital universitário do Maranhão, no período de 2013 a 2016.

Resultados

Ocorreram 1006 óbitos, sendo 83,3% nas UTIs – 50,7% na UTI Geral e 14,8% na UTI Cardíaca e 15% na UTI Pediátrica. Houveram 35 pacientes em morte encefálica, 82,8% em pacientes maiores de 18 anos, e 17,1% menores. As causas de não doação de órgãos predominantes foram contraindicação médica em 54,2% casos, e 28,5%, devido a negativa familiar. Em relação à não efetivação de doação de tecidos predominou também a contraindicação médica, destacando-se sepse 43,2% e faixa etária inadequada 19,9%. O consentimento familiar para doação de órgãos foi de 17,1% e dos doadores de tecidos foi 2,7% dos potenciais doadores. O número de negativas familiares para doação de tecidos foi 5,2% casos.

Discussão e Conclusões

Em um único hospital transplantador foram observadas elevadas taxas de contraindicações médicas tanto nos casos de morte encefálicas com nos de óbitos, evidenciando necessidade de implantar novas estratégias de avaliações dos potenciais doadores, principalmente quanto ao registro de sepse nas declarações de óbitos, quando a mesma apresenta boa resposta ao tratamento, inviabilizando a realização da entrevista familiar.

Palavras Chave

Doação de Órgãos; Doação de Tecido; Morte Encefálica.