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XV CONGRESSO BRASILEIRO DE TRANSPLANTES 2017

XV CONGRESSO BRASILEIRO DE TRANSPLANTES 2017

LOCAL: Bourbon Cataratas - Foz do Iguaçu/PR - FOZ DO IGUAÇU /PR | 18 a 21 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Efeito da medida pré-operatória de força da musculatura respiratória no resultado do transplante de fígado

Introdução

Em pacientes com doença hepática avançada, pode ocorrer diminuição das pressões inspiratória máxima (PImáx) e expiratória máxima (PEmáx), respectivamente. No transplante de fígado (Tx) essas alterações são agravadas no pós-operatório imediato. Objetivo deste trabalho é avaliar o efeito das medidas pré-operatórias de força da musculatura respiratória no resultado do Tx

Material e Método

Foram estudados retrospectivamente 228 pacientes submetidos a primeiro Tx eletivo, com enxerto de doador falecido. As medidas de PImáx e PEmáx foram obtidas imediatamente antes do Tx a partir do volume residual (VR) e da capacidade pulmonar total (CPT), respectivamente. Os pacientes foram classificados conforme a ocorrência de valores absolutos de pressão respiratória menores ou iguais a 50 cm H2O. As variáveis estudadas foram o tempo de ventilação mecânica, necessidade de re-intubação orotraqueal ou de ventilação mecânica não-invasiva, tempo de internação e sobrevida.

Resultados

Os valores de PImáx e PEmáx estavam abaixo de 50 mm Hg em 19,7% (45/228) e 14,5% (33/228) dos pacientes, respectivamente. A freqüência de óbito até 6 meses após o Tx foi de 26/183 (14,2%) nos pacientes com PImáx > 50 cm H2O e de 15/45 (33,3%) nos pacientes com PImáx mais baixa (p=0,003). A sobrevida de 1, 3 e 5 anos foi 84%, 77% e 71% no grupo com PImáx > 50 mm Hg e 57%, 50% e 50% no grupo com PImáx mais baixa (p=0,0024). Em relação à PEmáx, essas probabilidades foram 80%, 74% e 69% no grupo com valores maiores que 50 mm Hg e 66%, 59% e 51% nos pacientes com força expiratória menor (p=0,1039). Não houve diferença estatisticamente significante em relação às demais variáveis.

Discussão e Conclusões

Pacientes com PImáx baixa apresentam maior mortalidade após o transplante de fígado.

Palavras Chave

músculos respiratórios, fraqueza muscular, transplante de fígado / sobrevida

Área

Fígado

Instituições

Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - São Paulo - Brasil

Autores

Carla Silva Machado, Paulo Celso Bosco Massarollo, Eliane Maria Carvalho, Maria Rita Montenegro Isern, Poliana Andrade Lima, Sérgio Mies