INFECÇÃO POR KLEBSIELLA RESISTENTE À CARBAPENÊMICOS EM TRANSPLANTADOS RENAIS: UM OLHAR POR 365 DIAS
A infecção por enterobactérias resistentes à carbapenêmicos vem aumentando nos últimos anos,sobretudo pela Klebsiella resistente à carbapenêmicos(KPC).Como consequência há maior dificuldade para o tratamento dos pacientes, bem como aumento de mortalidade.É visto que subgrupos da população tem maior risco de desenvolver infecção por essas bactérias,dentre eles os transplantados de órgão solido, onde se identifica até 70% de mortalidade hospitalar em 30 dias.
Analisar o perfil dos pacientes transplantados renais infectados ou colonizados por KPC no ano de 2015 em um hospital universitário.
Foram analisados os 92 pacientes transplantados renais de 2015, sendo 87 com doadores falecidos, 60 homens, idade média de 47 anos.O tempo médio para colonização dos pacientes por KPC foi de 13 dias de internação hospitalar.Vinte e oito pacientes foram colonizados por KPC,12(42% dos colonizados)deles apresentaram sepse de foco urinário ou pulmonar por essa bactéria e 7(25% dos colonizados)evoluíram a óbito.Outros 4 pacientes colonizados por KPC evoluíram a óbito por outras causas.A sobrevida após 1 ano de enxerto foi de 72% e de pacientes de 83% em nosso centro. Analisando apenas pacientes colonizados por KPC a sobrevida foi de 32% e 60% (enxerto e paciente respectivamente) comparado a sobrevida de 87% de enxerto e 94% de pacientes em não colonizados por KPC ou outra bactéria multi resistente.
No Brasil a principal causa de perda de enxerto renal é infecção.O pior desfecho clínico nos pacientes que desenvolvem infeção por bactérias multirresistentes salienta que novas estratégias terapêuticas devem ser tomadas pós transplante renal.Em nosso centro mudanças nas condutas médicas e de enfermagem iniciaram em janeiro de 2016.
KPC, infecção, transplante renal
Infecção
Hospital São Lucas da PUCRS - Rio Grande do Sul - Brasil
Leonardo Viliano Kroth, Florência Ferreira Barreiro, Moacir Alexandre Traesel, Carlos Eduardo Poli-de-Figueiredo