Título

CAUSAS DE PERDA DE POTENCIAIS DOADORES DE ÓRGÃOS E TECIDOS NOS PRINCIPAIS HOSPITAIS NOTIFICADORES DO ESTADO DE SÃO PAULO

Introdução

A busca pelo aumento no número de doações de órgãos e tecidos para transplantes se intensifica a cada ano no Brasil. Porém, mesmo com o número crescente de doações, as estatísticas provam que são insuficientes para a demanda de receptores inscritos na fila de espera. O Brasil não tem um programa de qualidade que determine as causas reais das perdas por subnotificação, manutenção do potencial doador e recusa familiar, o que impossibilita qualquer tipo de avaliação e implantação de políticas de saúde capazes de auxiliar na mudança desse cenário.

Material e Método

Estudo prospectivo baseado nas informações preenchidas e mandadas pelos hospitais notificadores do Estado de São Paulo à CNCDO/SP sobre os dados de cada óbito registrado em suas respectivas UTIs e Unidades de Emergência, através do Fomulário Informativo de Óbitos, durante os anos de 2014 a 2016. Realizada análise estatística com 33.175 dados preenchidos e teste de qui quadrado para as causas de perda por manutenção hemodinâmica.

Resultados

Foram extraídos 34.480 registros de óbito da base de dados do Formulário Informativo de Óbito, sendo utilizados 33.175 registros. Destes, 10.313 deram entrada no hospital já em Glasgow 3, sendo que apenas 16% tinham critérios para abertura de protocolo de ME. Dos que tinham critério para abertura de protocolo de ME (1686), 62% não o fizeram. A principal causa de internação e causa de óbito foi Trauma (24%) , e foram perdidos 80% de potenciais doadores por manutenção inadequada (significativamente menor que o grupo que não foi aberto Protocolo p<0,05), sendo o controle inadequado de sódio significativamente importante (p<0,05).

Discussão e Conclusões

Nota-se a grande incidência de perda de PD por manutenção hemodinâmica, bem como a ausência de abertura de protocolo de ME mesmo com critérios bem estabelecidos.

Palavras Chave

doação de órgãos;

Área

Enfermagem