Polimorfismo genético de fatores inflamatórios e de comportamento em sobrevida do enxerto renal
Novos biomarcadores foram descobertos para rejeição aguda e crônica, mas nenhum para prever a sobrevivência do enxerto a longo prazo. E é muitas vezes desafiador de entender o porquê de certos pacientes terem uma sobrevida de enxerto tão maior que outros com imunossupressão muitas vezes mais simples ou reduzida. Supomos que o polimorfismo genético de fatores inflamatórios ou mesmo de comportamento psicológico pode explicar a sobrevivência do enxerto entre os pacientes transplantados.
Propomos um estudo polimorfismo genético de VEGF, TNF, CCR2, ACE e BDNF, selecionando 124 transplantados com mais de 3 anos de sobrevida de enxerto e 103 pacientes em lista de espera para transplante de rim.
Foram analisados genótipos e freqüência de alelos dos polimorfismos estudados em pacientes transplantados com Clearance de Creatinina (Clear Cr) maior que 54,2mL/min/24h e tempo de transplante renal (TTX) maior que 12,4 anos comparado com aqueles com Clear Cr menor que 54,2 mL/min/24h e TTX menor que 12,4 anos. Fizemos a mesma análise comparando todos os pacientes transplantados renais com aqueles na lista de espera. Pacientes transplantados por mais de 3 anos têm diferença genética de pacientes em lista de espera sobre TRAF3 e ACE. Os pacientes transplantados com sucesso têm diferença genética de pacientes transplantados com má função renal sobre VEGF e BDNF. Não há diferença entre CCR2 em nenhum desses grupos analisados.
Existe portanto uma diferença de polimorfismo genético para fatores inflamatórios e de comportamento entre os pacientes com maior sucesso de transplante que aqueles em pior função renal. Tal diferença pode justificar um diferente comportamento quanto a aderência e necessidade de esquema imunossupressor entre os pacientes transplantados renais.
Polimorfismo genético
Rim
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Faculdade de Medicina da UFMG - Minas Gerais - Brasil, Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen - Santa Catarina - Brasil, Santa Casa de Misericordia de Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil
André Barreto Pereira, Ana Cristina Simoes Silva, Debora Marques Miranda