AVALIAÇÃO DA SENSIBILIZAÇÃO PRÉ-TRANSPLANTE EM PACIENTES RENAIS COM DOADORES FALECIDOS
O transplante renal é o tratamento de escolha para pacientes portadores de doença renal crônica (DRC). Vários fatores concorrem para a sobrevida do enxerto. A presença de anticorpos doadores específicos (DSA) contra antígenos leucocitários humanos (HLA) estão associados com maiores chances de rejeições mediadas por anticorpos.
O estudo abrangeu 76 pacientes com DRC contemplados com transplante de rim proveniente de doador falecido, no período entre janeiro de 2015 e dezembro de 2016, da região Norte e Noroeste do Estado do Paraná, região Sul do Brasil.
O Painel de Reatividade de Anticorpos (PRA) e as especificidades dos mesmos foram determinados pelo soro dos pacientes, utilizando os kits comerciais LS1PRA e LS2PRA (One Lambda, Inc.) combinados com a tecnologia Luminex. Foi considerado positivo intensidade média de fluorescência igual ou maior que 500.
Entre os 76 receptores, 52 foram homens (68,4%) e 24 mulheres (31,6%). Avaliando a PRA dos receptores renais 17 pacientes eram sensibilizados sem DSA (23,4%), 18 sensibilizados com DSA (23, 7%) e 41 não eram sensibilizados (52,9%). Dentre os pacientes sensibilizados sem DSA, 12 eram homens (70, 6%) e 5 mulheres (29,4%); nos pacientes sensibilizados com DSA, 10 eram homens (55, 6%) e 8 mulheres (44, 4%); e entre os não sensibilizados 30 eram homens (73,2%) e 11 mulheres (26,8%).
A produção de anticorpos anti-HLA é resultante de eventos sensibilizantes e os indivíduos podem diferir quanto ao desenvolvimento destes anticorpos. Uma vez que a presença de anticorpos DSA podem resultar em respostas deletérias para o transplante consideramos importante o relato da sua presença mesmo em índices inferiores ao preconizado pelo fabricante.
Transplante renal, HLA, anticorpos
Imuno/Histo/Tecidos
Laboratório Histogene - Paraná - Brasil
Caroline Fama Saito, Daniel Tadeu Sanches Xavier, Silvana Aparecida Gamba Santos, Mariane Castardo Araujo, Rodrigo Amaral Kulza, Erika Noda Noguti