Fernanda Prestes Eventos
11 5084 4246 - 5081 7028 janice@fernandapresteseventos.com.br
XV CONGRESSO BRASILEIRO DE TRANSPLANTES 2017

XV CONGRESSO BRASILEIRO DE TRANSPLANTES 2017

LOCAL: Bourbon Cataratas - Foz do Iguaçu/PR - FOZ DO IGUAÇU /PR | 18 a 21 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Criptococose renal proveniente de doador falecido tratada com sucesso

Introdução

Infecções oportunistas são um grande desafio na evolução do transplante renal (TR). Neste relato apresentaremos um caso atípico de transmissão pelo doador falecido.

Material e Método

Paciente (32a) portador de DRC, em diálise peritoneal (DP), recebeu rim de doador falecido (53a). Com TIF de 9h foi imunossuprimido com timoglobulina, prednisona, tacrolimus e everolimus. Com disfunção precoce de enxerto, realizada biópsia renal evidenciando necrose tubular aguda (NTA) e criptococose renal (CR), e confirmado CR em outro rim do mesmo doador.

Resultados

Iniciado anfotericina B lipossomal (ABL), suspenso no D5 na suspeita de nefrotoxicidade, e continuado com fluconazol por duas semanas. Paciente seguiu com redução de escórias renais e sem necessidade dialítica na 4ª semana após TR. Após 6 semanas do TR, apresentou afecção respiratória com taquipnéia e dispnéia, nova piora de função renal e retorno à diálise. Em decorrência da piora clínica reiniciamos ABL, continuado por 3 semanas. Nova biópsia renal mostrou NTA e aumento de cryptococcus em relação à anterior. Após estas 3 semanas de ABL, houve melhora clínica e de função renal, recebendo alta hospitalar sem diálise, em imunossupressão com sirolimus, azatioprina e prednisona, profilaxia para pneumocistose, e continuidade do tratamento com fluconazol. Na 10ª semana pós TR, biópsia não apresentou sinais de rejeição ou NTA, com persistência de cryptococcus.
No sexto mês, em seguimento ambulatorial, apresenta-se em bom estado geral e com Cr:1,9mg/dL.

Discussão e Conclusões

Raros são os casos de transmissão de criptococose por doador falecido, como neste. E a decisão entre o tratamento ou enxertectomia é difícil. Não encontrado caso na literatura como este até o momento. Tal evolução sugere que, no caso desta afecção precoce, não há necessidade de pronta transplantectomia.

Palavras Chave

Criptococo

Área

Infecção

Instituições

Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen - Santa Catarina - Brasil, Hospital Santa Júlia - Amazonas - Brasil, Insituto de Nefropatologia - Minas Gerais - Brasil

Autores

André Barreto Pereira, Stanley Almeida Araujo