O biólogo e o transplante de tecidos e órgãos: como é possível colaborar?
Após autorização do responsável pelo paciente diagnosticado com morte encefálica, a realização de transplantes ou enxertos de tecidos, órgãos ou partes do corpo humano só poderá ser realizada se houver verificação de compatibilidade sanguínea e histocompatibilidade entre o paciente doador com o organismo do paciente receptor inscrito, em lista de espera, nas CNCDOs por estabelecimento de saúde, público ou privado, e por equipes médico-cirúrgicas de remoção e transplante previamente autorizados pelo órgão de gestão nacional do Sistema único de Saúde. O presente estudo objetivou esclarecer quais são as competências do biólogo asseguradas pelo Conselho Federal de Biologia para sua participação no processo captação-doação de tecidos e órgãos.
Para este estudo, foi realizada uma análise minuciosa das normativas atualizadas do Conselho Federal de Biologia (CFBio), avaliando as áreas de atuação do biólogo graduado na área de saúde.
O resultado da análise permitiu identificar que o biólogo pode atuar na análise laboratorial de compatibilidade sanguínea e da histocompatibilidade (HLA) entre doador e potenciais receptores pertencentes ao cadastro nacional da lista de espera por transplante, de acordo com a legislação vigente. Além disso, o biólogo pode atuar como educador, atuando em campanhas nas instituições de ensino e na comunidade, e integrar equipes profissionais multidisciplinares em cursos de especialização ou capacitação de profissionais de saúde que atuarão no setor de captação e transplante de tecidos e órgãos.
Conclui-se, portanto, que a atuação do biólogo é fundamental desde a formação do profissional de saúde até a análise de compatibilidade entre doador e potenciais receptores.
Biólogo, histocompatibilidaide, atuação profissional, educação em saúde.
Multidisciplinar
UniSUAM - Rio de Janeiro - Brasil, Universidade Estácio de Sá (UNESA-RJ) - Rio de Janeiro - Brasil
Mildred Ferreira Medeiros