TRANSPLANTES E AS ESCOLAS BIOÉTICAS
Novas incertezas, decorrentes de conhecimentos inéditos, são postas em avaliação e discussão no campo das ciências médicas e da Bioética. Esta por ter característica aglutinar de vários saberes, propondo nova perspectiva na abordagem dos velhos e dos recentes dilemas humanos, pode trazer reflexão importante. Destacam-se três “Escolas” ou “Modos de Abordagem” de questões estudadas pela Bioética: a Principialista, com forte raiz nos Estados Unidos da América, a Personalista dos países continentais da Europa, mais presente nos de origem latina, e a Latino-Americana que tem grande ênfase na abordagem social e coletiva. Em paralelo, os avanços das técnicas médicas permitem o transplante de órgãos entre indivíduos que são sistematizados por regras que definem quem, quando e como receber o procedimento. Em tais definições são usados valores buscados pela sociedade, elaboradas listas e critérios que, novamente decorrem de valores identificados e objetivados nos grupos sociais.
Usando o raciocínio dedutivo amparado em pesquisa bibliográfica, busca-se identificar e sintetizar, nas três “Escolas Bioéticas”, os valores postos nas listas de espera, de prioridades e de distribuição dos órgãos. Supondo que compreensão dos três modelos bioéticos trazem a compreensão dos valores permitem os transplantes.
Não é o caso de resultado e sim de conclusões.
A compreensão, por parte dos profissionais de saúde, dos valores envolvidos, protegidos e estimulados, nas normas e protocolos de transplante deveria substituir a aceitação mecânica dessas regras para aperfeiçoamento destas, apresentando-se a Bioética como ferramenta facilitadora de tais compreensões e evolução.
Transplante. Escolas Bioéticas. Profissionais de Saúde.
Multidisciplinar
HOSPITAL SAO VICENTE - Paraná - Brasil
Marcelo Haponiuk Rocha, Marcia Regina Chizini Chemin, Luciana Soares Percegona