Título

Complicações vasculares após transplante hepático: avaliação de 147 transplantes realizados em 2016

Introdução

O transplante hepático é o tratamento padrão da cirrose descompensada, da hepatite fulminante e do carcinoma hepatocelular precoce. A técnica adequada das anastomoses vasculares é de grande importância na cirurgia, e tem relação direta com o sucesso do transplante.

Material e Método

Análise retrospectiva e descritiva de 147 transplantes hepáticos realizados em 144 pacientes no Hospital Universitário Walter Cantídio e no Hospital São Carlos durante o ano de 2016. Foram analisados aspectos clínicos e epidemiológicos, além da freqüência, tratamento e o desfecho das complicações vasculares.

Resultados

A amostra se constituiu de 98 pacientes do sexo masculino (68%) e 46 do feminino (32%). A média de idade foi de 54 anos. As etiologias mais freqüentes foram cirrose por hepatite C com 47 (32%) casos, álcool 36 (24,5%) e criptogênica 25 (17%). Foram observadas oito (5,4%) complicações vasculares: três (2,04%) tromboses de artéria hepática (TAH), duas (1,3%) tromboses de veia porta, uma (0,6%) estenose da anastomose hepato-caval e duas (1,3%) estenoses de artéria hepática. As TAH foram tratadas com retransplante. Os casos de trombose de veia porta foram tratados com trombectomia cirúrgica e anticoagulação. No caso da estenose da anastomose hepato-caval foi realizado angioplastia. Os casos de estenose de artéria hepática foram conduzidos de forma conservadora e tiveram boa evolução. A sobrevida em 30 dias e em 1 ano do enxerto foi de 75% e 62,5%, respectivamente. A sobrevida do paciente foi de 100%.

Discussão e Conclusões

O número de complicações vasculares nessa casuística é consoante com os dados da literatura. As complicações vasculares no transplante de fígado são responsáveis por uma parcela significativa da morbimortalidade e aumentam o número de procedimentos e intervenções.

Palavras Chave

COMPLICAÇÕES VASCULARES, TRANSPLANTE HEPÁTICO

Área

Fígado