Título

Tratamento da Hepatite C no Pós Transplante de Fígado – Análise Preliminar do Serviço de Transplante do Hospital Universitário Walter Cantídio.

Introdução

A hepatite C ainda é a principal causa de transplante hepático no mundo e a recidiva após o transplante é alta,levando a dano hepático severo em 30% dos pacientes dentro de cinco anos.Com esquemas prévios de tratamento que incluíam IFN e RBV, a cura era alcançada em apenas 55% dos casos.Em análise preliminar, avaliamos a resposta virológica sustentada–RVS(PCR negativo 12 semanas após o término do tratamento) com as novas drogas de ação direta em pacientes transplantados de fígado por HCV no HUWC.

Material e Método

Foram incluídos 123 pacientes para tratamento com SOF e DCV ou SMV. Dentre estes, avaliou-se a RVS de 65 pacientes que já concluíram.O protocolo do serviço define tratar os pacientes após o sexto mês de transplante, ou antes, nos casos de recidiva precoce grave.Estadiamento da fibrose por biópsia hepática e/ou elastografia foram realizadas antes do início do tratamento.À critério médico foi associada RBV com dose média de 12,3 mg/kg/dia.A resposta foi avaliada por PCR-RNA quantitativo nas semanas 4,12 e 24.

Resultados

Na análise dos 65 pacientes que concluíram a avaliação da RVS: 73,85% dos pacientes possuem genótipo 1, 3,08% genótipo 2 e 23,08% genótipo 3. Com relação ao estadiamento da fibrose: F0 68,3%;F1 19,8%;F2=7,3%;F3=2,4%;F4=1.Carcinoma hepatocelular foi indicação associada de transplante em 40,98%(n=25/61).O tratamento foi iniciado em média após 24 meses do transplante (Δ2 a 180 meses).Todos os pacientes foram tratados por 12 semanas e o esquema prescrito incluiu SOF+DCV 87,9%(n=57),SMV 12,31%(n=8), sendo com RBV 78,46% e sem RBV 21,54%(n=14).A RVS foi de 96,92%(63/65).

Discussão e Conclusões

A eficácia do tratamento em pacientes com genótipo 1 foi semelhante em esquemas usando DCV ou SMV associados ao SOF.A adição da RBV se associou com uma RVS discretamente mais elevada..

Palavras Chave

Transplante,Ribavirina,Fibrose