Título

TRANSPLANTE DE FÍGADO : APRIMORANDO RESULTADOS

Introdução

Nos últimos anos, a nossa equipe tem realizado cerca de 150 Transplantes de Fígado (TF) ao ano. O objetivo desse estudo foi avaliar o perfil clínico, epidemiológico e a sobrevida dos pacientes transplantados no ano de 2016, após a implantação de uma gestão de qualidade.

Material e Método

Análise retrospectiva de 147 TF realizados em 144 pacientes em 2016. Foram avaliados os seguintes parâmetros: idade, sexo, procedência, etiologia da hepatopatia, MELD, tempo de isquemia fria (TIF) e quente (TIQ), tempo de internação, sobrevida do paciente e do enxerto.

Resultados

Amostra constituída de 98 receptores do sexo masculino (68%) e 46 feminino (32%). A média de idade foi de 54 anos. 58 (40,2%) pacientes eram procedentes do Ceará e 86 (59,8%), de outros Estados. As etiologias mais encontradas foram Hepatite C 47 (32%) casos, álcool 36 (24,5%), criptogênica 25 (17%), hepatite B com 9 (6,1%) e outras 30 (20,4%). A avaliação do MELD calculado e MELD ajustado apresentou média de 18,4 (6 – 40) e 24,3 (14 – 44), respectivamente. As situações especiais estiveram presentes em 79 (53,7%) dos TF, sendo o CHC com 50 (63,2%) e ascite refratária com 19 (24%). O TIF e o TIQ, em minutos, foi 310 e 29 respectivamente. O tempo médio de internação do paciente foi de 3,3 dias em UTI pós-operatória e de 6,1 dias em enfermaria. Ocorreram três retransplantes por trombose aguda de artéria hepática (2,08%). A taxa de sobrevida atuarial do paciente e do enxerto foi de 95,1% e 92,8%, respectivamente.

Discussão e Conclusões

A taxa de sobrevida do paciente pode estar relacionada a experiência da equipe multidisciplinar que já realizou mais de 1300 TF, associada à avaliação constante de indicadores, evitando transplantes fúteis. Esses resultados são semelhantes aos principais centros internacionais.

Palavras Chave

TRANSPLANTE HEPÁTICO, SOBREVIDA, GESTÃO DE QUALIDADE

Área

Fígado