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XV CONGRESSO BRASILEIRO DE TRANSPLANTES 2017

XV CONGRESSO BRASILEIRO DE TRANSPLANTES 2017

LOCAL: Bourbon Cataratas - Foz do Iguaçu/PR - FOZ DO IGUAÇU /PR | 18 a 21 de Outubro de 2017

Dados do Trabalho


Título

Serratia marcescens resistente a carbapenêmico: um inimigo oculto em transplantados de órgãos sólidos

Introdução

Infecções causadas por enterobactérias resistentes aos carbapenêmicos (ERC) são um desafio, pela restrita terapêutica eficaz e pela alta toxicidade dos tratamentos disponíveis. A emergência de Serratia marcescens resistente a carbepenêmicos (SRC) é ainda mais preocupante, devido à resistência intrínseca a polimixina. Esta série de casos descreve infecções por SRC entre pacientes submetidos a transplante de órgão sólido (TOS) e desfecho clínico.

Material e Método

Incluíram-se pacientes adultos receptores de órgãos sólidos que apresentaram infecções hospitalares por SRC de dois hospitais brasileiros entre 2010 e 2015.

Resultados

De 2010 a 2015, oito pacientes do TOS - seis hepáticos, um cardíaco e um renal - apresentaram infecções causadas por SRC (infecção primária da corrente sanguínea N:5, pneumonia N:1, infecção de sítio cirúrgico N:1, infecção vascular N:1). Conhecia-se a colonização por ERC em 50% dos pacientes. Dessas infecções, 62,5% ocorreram no primeiro mês após o TOS. Dos pacientes, 100% foram expostos a cateter venoso central e 75% a ventilação mecânica. A mortalidade em 30 dias foi de 50% - 60% dos óbitos foram em até 7 dias. Todas as cepas foram sensíveis a aminoglicosídeos e 62,5% a ciprofloxacim. Todos os pacientes iniciaram tratamento empírico com carbapenêmico associado ou não a polimixina e/ou aminoglicosídeo. Dos tratamentos iniciais, 75% foram inadequados.

Discussão e Conclusões

As infecções por SRC entre os pacientes do TOS foram associadas a mortalidade elevada e precoce. Presença de dispositivos invasivos, colonização por ERC e terapia inadequada foram os achados mais importantes. O conhecimento da colonização dos pacientes pode contribuir para melhorar a escolha de antimicrobianos na profilaxia cirúrgica e na terapia empírica, além de evitar a disseminação de ERC.

Palavras Chave

Serratia marcescens, ERC

Área

Infecção

Instituições

HC USP - Serviço de Transplante Hepático - São Paulo - Brasil, HC USP - Serviço de Transplante Renal - São Paulo - Brasil, Instituto Alfa de Gastroenterologia - Serviço de Transplante Digestivo - Minas Gerais - Brasil, Serviço/Comissão de Controle de Infecção Hospitalar SCIH/CCIH HC-UFMG - Minas Gerais - Brasil

Autores

Aline Oliveira Mano, Paulo Henrique Orlandi Mourão, Janita Ferreira, Ligia Camera Pierrotti, Alice Song, Maristela Pinheiro Freire, Wanessa Trindade Clemente