Dados do Trabalho

Título

As Incertezas da morte encefálica na experiência dos profissionais de saúde

Introdução

Para que seja possível ser um doador, após a morte como condição, o paciente deve ter a morte encefálica diagnosticada.Uma das problemáticas mais intensas foi o transplante de órgãos que emergiu na década de 1950, em que simultaneamente o cérebro passa a ocupar a posição de órgão central para definir a morte, fato que gerou grandes discussões, impasses éticos com distintas ressonâncias entre os profissionais de saúde. Este estudo analisou as marcas subjetivas e os modos de operar em profissionais de saúde atuantes em unidades com pacientes em estado crítico, bem como o que eles enunciam acerca do diagnóstico de morte encefálica, o processo de doação de órgãos, morte e vida.

Material e Método

Foi realizado um estudo qualitativo , com abordagem cartográfica. Os dados foram produzidos á partir de narrativas, entrevistas e anotações no diário de campo, valorizando ás experiências profissionais.

Resultados

Muitos questionamentos e incertezas rondam milhares de pessoas, especialmente os médicos. Definir a morte encefálica não é algo somente cientifíco e enreda camadas invisíveis de história, ética e distintas concepções de corpo e clínica, não é tão somente algo desgastante e conflituoso. Vários profissionais de saúde demonstram hesitação em nomear morto alguém que tem o organismo ainda em funcionamento, e assim acreditam que o momento da morte é quando ocorre a parada cardíaca e não quando a morte encefálica é decretada.

Discussão e Conclusões

Definir a morte encefálica parecia inicialmente algo somente técnico e científico que envolveria habilidades e saberes.Após a análise das experiências, percebo que é uma ocorrência coletiva, ético-histórica e que implica as práticas em saúde no contemporâneo e não meramente protocolos técnicos a serem cumpridos.

Palavras Chave

doação de órgãos e tecidos, morte encefálica, produção de subjetividade