Dados do Trabalho

Título

RECUSA FAMILIAR E OS MOTIVOS PARA A NÃO DOAÇÃO DE ÓRGÃOS EM UM HOSPITAL PÚBLICO NO ESTADO DO PARÁ

Introdução

A doação de órgãos diante de um diagnóstico de morte encefálica é uma decisão que compete à família do possível doador, todavia, as circunstâncias acerca do momento de sofrimento, entre elas a negação da morte encefálica, além da desconfiança em virtude da solicitação da doação, são fatores que podem interferir diretamente na decisão familiar para a doação de órgãos. O estudo tem como objetivo identificar as motivações que influenciam as famílias para a decisão de doação ou não de órgãos em pacientes diagnosticados com morte encefálica.

Material e Método

Trata-se de um estudo documental, retrospectivo, descritivo e abordagem quantitativa, com base nas notificações registradas pela Organização de Procura de Órgãos (OPO) do Hospital Regional do Baixo Amazonas do Pará Dr. Waldemar Penna, em Santarém-Pá, entre os anos de 2012 e 2017.

Resultados

No período estudado houve 142 notificações de pacientes com morte encefálica (ME), dentre estes 58 eram elegíveis para a doação, todavia, identificou-se 42 registros de recusa familiar. Quanto os motivos para a não doação citados nas notificações, a indecisão entre os familiares, foi predominante, com 30 registros, seguido de convicção religiosa com 8 registros e demora para a liberação do corpo com 4 registros.

Discussão e Conclusões

Percebe-se, portanto, que a divergência entre os familiares constitui-se o principal motivo de recusa familiar para a doação de órgãos nesta pesquisa. Desta forma reforça-se a importância do esclarecimento sobre o processo de captação de órgãos por parte da equipe de captação aos familiares e a disponibilidade em atendê-los em um ambiente acolhedor, oferecendo-lhes informações claras e tirando todas as suas dúvidas, para que assim o processo seja compreendido por todos os envolvidos favorecendo a doação de órgãos.

Palavras Chave

Recusa familiar. Não doação. Órgãos.