Dados do Trabalho

Título

MINIMIZANDO PERDA TÉCNICA DE ENXERTO, REOPERAÇÕES E PERMANÊNCIA HOSPITALAR EM TRANSPLANTE DE PÂNCREAS

Introdução

Os avanços no manejo dos receptores de transplante de pâncreas(TP), na imunossupressão(IS) e na técnica cirúrgica têm determinado melhores resultados nos últimos anos. Reporta-se análise evolutiva de nosso programa de TP que tem vivenciado expressivo progresso dos resultados.

Material e Método

No período entre 1996 e 2018, 824 TP foram realizados. Analisaram-se evolutivamente dados dos últimos 10 anos do programa, incluindo 343 TP, sendo 122 TP e rim simultâneos(TPRS) e 221 TP solitários(TPS);destes, 175 TP após rim e 46 TP isolados. A partir de 2018, implementou-se protocolo de hospital-dia visando desospitalização precoce para todos os casos e citomegaloviroses foram monitoradas e tratadas preemptiva e ambulatorialmente com valganciclovir disponibilizado pelo hospital.

Resultados

A IS evoluiu nos últimos anos para indução com Timoglobulina em todos os casos. A técnica cirúrgica evoluiu de sistêmica-vesical para sistêmica-entérica com veia ultracurta mais recentemente. A perda técnica do enxerto pancreático caiu de 20% e 23% para 3,8% e 3%, respectivamente, entre os TPRS e TPS. O índice de reoperações caiu de até 38% em anos anteriores para 1,7% em 2018. A permanência hospitalar média caiu de 17 e 12 dias para 8 e 6 dias, respectivamente, nos TPRS e TPS. A sobrevida de 1 ano para paciente e enxerto aumentou de 84% e 73%,respectivamente, para 92% e 85% entre os TPRS e de 82% e 60% para 94% e 88% nos TPS.

Discussão e Conclusões

Novos protocolos clínicos, círurgicos e ênfase a ações em hospital-dia e desospitalização precoce têm reduzido significativamente a perda técnica do enxerto pancreático, reoperações, permanência hospitalar, proporcionado melhor sobrevida de paciente e enxerto nos anos recentes de nosso programa de TP.

Palavras Chave

transplante pâncreas e rim, transplante pâncreas, resultados, complicações