Dados do Trabalho

Título

RESULTADOS DO TRANSPLANTE DE PÂNCREAS COM A TÉCNICA DA VEIA ULTRACURTA DO ENXERTO

Introdução

As complicações cirúrgicas representam a maior causa de perda precoce do enxerto pancreático(EP), sendo trombose a mais prevalente. Uma das causas relacionadas a trombose do EP é a extensão da veia do enxerto. Relata-se análise de nova técnica de transplante pancreático(TP) empregando-se veia ultracurta do EP.

Material e Método

De janeiro de 2018 a março de 2019, 76 TP foram realizados, sendo 38 Tx pâncreas-rim simultâneos(TPRS), 30 TP após rim e 8 TP isolados. Todos pacientes receberam indução com Timoglobulina e a técnica cirúrgica consistiu em drenagem sistêmica para a cava utilizando veia porta do EP ultracurta(próxima a junção esplenomesentérica) e drenagem entérica sem Y de Roux.

Resultados

A média de idade do doador foi de 25,1 anos(14-44) e 9,2% apresentavam causa de morte por evento cerebrovascular.A média de idade dos receptores foi de 36,5 anos(23-62), sendo 42% masculinos e 69,7% brancos. Entre os TP solitários(TPS), 6(7,8%) foram retransplantes e 8,3% dos TPRS receberam Tx preemptivo. O tempo médio de isquemia do EP foi de 8,8hs(5,9-12) para os TPS e 8,2hs(6,2-11) para os TPRS. Permanência hospitalar média foi de 6 dias(5-11) para os TPS e 7,8 dias(5-22) para os TPRS. A trombose do EP ocorreu em 2,6% tanto nos TPS como nos TPRS. Três pacientes morreram, 2 por sepsis e 1 causa indeterminada; 9 EP foram perdidos: 4 de causa imunológica, 2 por trombose, 2 por óbito com enxerto funcionante e 1 pseudoaneurisma. A sobrevida de 1 ano de paciente e EP foi respectivamente de 94,7% e 86,8% para os TPS e de 94,7% e 89,4% para os TPRS.

Discussão e Conclusões

O TP com a técnica de veia ultracurta determinou baixo índice de trombose e ótima sobrevida de paciente e enxertos, mesmo para casos de TP solitários ou retransplantes, confirmando o conceito para a veia do enxerto de quanto menor, melhor.

Palavras Chave

transplante pâncreas