Dados do Trabalho
Título
Incidência de trombose da artéria hepática em 63 transplantes hepáticos em adultos
Introdução
A trombose da artéria hepática (TAH) é a complicação vascular mais frequente e grave após transplante hepático, e representam mais de 50% de todas as complicações arteriais. É a primeira causa de disfunção do enxerto, podendo significar perda do orgão, com uma mortalidade maior de 50% na ausência de revascularização ou re-transplante. As opções terapêuticas da TAH incluem revascularização cirúrgica, trombólise, angioplastia, re-transplante e abordagem conservadora.
Material e Método
Análise retrospectiva, por meio de prontuário eletrônico, de 63 transplantes hepáticos ortotópicos realizados em 58 pacientes, no período de 20/09/2017 a 02/04/2019. A técnica cirúrgica utilizada foi a piggyback, com solução de preservação Histadina/ Triptofano/ Alfa cetoglutarato – HTK (Custodiol ® ). A oclusão trombótica da artéria hepática foi classificado em: TAH precoce (até 30 dias do transplante) e TAH tardia, se após esse período.
Resultados
Do total de 63 pacientes incluídos no estudo, a taxa de TAH foi de 9,52% (6 casos), sendo 5 casos (7,9%) de TAH precoce e 1 caso (1,58% ) TAH tardia. Em relação à terapêutica, 1 paciente foi submetido à trombectomia cirúrgica, 1 paciente ao tratamento conservador (TAH tardia) e 4 pacientes ao re-transplante. Do total de casos de TAH, 3 pacientes (50%) evoluíram a óbito.
Discussão e Conclusões
A verdadeira incidência de TAH após transplante hepático em adultos é desconhecida (0% a 12%), portanto concluímos que nossa taxa de TAH após transplante hepático está dentro do esperado.
Palavras Chave
transplante hepático ortotópico, trombose de artéria hepática, complicações vasculares.
Área
FÍGADO - Complicações
Instituições
Uopeccan - Paraná - Brasil
Autores
Janaina Gatto, Antoninho Pereira, Leandro Cavalcanti de Albuquerque Leite Barros, Gabriel Bonometti Margraf, Fernanda Kreve, Francisco Schossler Loss, Claudia Fernanda Camini, Carlos Henrique Castro Machado, Luis César Bredt