Dados do Trabalho
Título
Hemorragia digestiva alta em pacientes submetidos a transplante hepático
Introdução
Hemorragia digestiva alta (HDA) é uma importante complicação do doente crítico. A incidência de sangramento clinicamente significativo em unidades de terapia intensiva (UTI) gerais está entre 0,1% a 4%. Pacientes em pós-operatório de transplante tiveram diferença estatística em análise de regressão simples em uma coorte prospectiva com OR de 3,6 favorecendo HDA. O presente estudo teve como objetivo avaliar a incidência de HDA em pacientes submetidos a transplante hepático em um hospital do Paraná.
Material e Método
Coorte histórica unicêntrica. Critério de inclusão: pacientes submetidos a transplante hepático que permaneceram por pelo menos 48 horas em UTI. Foram avaliados a incidência de HDA e alguns fatores associados.
Resultados
Foram incluídos 55 pacientes, a incidência de HDA foi 10,9% (6), desses, 50% apresentaram úlcera duodenal, 16,7% gastrite aguda hemorrágica, 16,7% enantema difuso de corpo e antro e 16,7% não realizou endoscopia digestiva alta. A mortalidade do grupo HDA foi de 66,7%. Tiveram diferença estatisticamente signifiva o tempo de ventilação mecânica em horas: HDA 80 135,8h e não-HDA 24,8 +- 37,1h (p<0,023) e tempo de UTI em dias: HDA 29,0 +- 24,7d e não-HDA 9,1 +- 5,6 (p<0,001).
Discussão e Conclusões
A incidência de HDA na população estudada foi maior que a encontrada em UTIs gerais. A ventilação mecânica por mais de 48 horas é um fator de risco maior para úlcera de estresse, o que foi corroborado pelo estudo, sendo que pacientes com HDA tiveram evolução mais grave permanecendo mais tempo em UTI.
Palavras Chave
Hemorragia digestiva alta, Complicações, Transplante hepático
Área
FÍGADO - Complicações
Instituições
Uopeccan - Paraná - Brasil
Autores
Gabriel Afonso Dutra Kreling, Fernanda Kreve, Delmiro Becker, Maiara Szepilowski Bampi, Raysa Cristina Schmdt, Ana Heloísa Mendes Zema, Leandro Cavalcanti de Albuquerque Leite Barros, Péricles Almeida Delfino Duarte, Luis César Bredt