Dados do Trabalho

Título

A EFICÁCIA DA BUSCA ATIVA NA BIOVIGILÂNCIA

Introdução

O uso terapêutico de células, tecidos e órgãos tem aumentado a expectativa de vida e restaurado funções essenciais em pacientes para os quais não haviam mais alternativas de tratamento de eficácia comparável. Concomitantemente, a preocupação com os riscos associados a tais procedimentos também tem crescido. Nesse contexto, surge a necessidade de implantação de medidas de monitoramento e controle desses processos por meio da Biovigilância.

Material e Método

A biovigilância na instituição onde este estudo foi aplicado era realizada apenas através de notificação por parte dos profissionais envolvidos no processo de transplante. Em 2018 passou-se a realizar, além da notificação, busca ativa no Prontuário eletrônico do Paciente (PEP) de todos os pacientes submetidos a transplante de órgãos e tecidos.

Resultados

Nos 5 anos anteriores a este estudo quantificou-se entre 8 a 12 notificações de biovigilância por ano. Com a implantação da busca ativa, foi consultado 342 prontuários de pacientes que internaram na Unidade de Transplantes e nos leitos de transplantes da Unidade Cirúrgica. 139 pacientes não estavam relacionados a transplante. 57 eram pacientes que realizaram transplante e não retornaram com complicações em 2018. Obteve-se o total 140 pacientes com eventos adversos relacionados a transplante em 2018, sendo a maioria de mínimo grau de comprometimento à saúde do paciente.

Discussão e Conclusões

Conclui-se que além do envolvimento dos profissionais em notificar os eventos adversos relacionados à Biovigilância, se faz necessário a busca ativa no PEP afim de encontrar possíveis escapes de notificação. Essas notificações resultam em planejamento e ações para minimizar a perda de enxerto e complicações pós transplante.

Palavras Chave

Biovigilancia, Eventos adversos, Transplante de órgãos.