Dados do Trabalho

Título

ADESÃO AO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DE DIABETES MELLITUS TIPO 2 EM PACIENTES TRANSPLANTADOS RENAIS

Introdução

A adesão ao tratamento da diabetes mellitus (DM) tipo 2 é um desafio na prática clínica devido a vários fatores, como psicológicos, sociais e à polifarmacia.

Material e Método

Aplicação dos Instrumentos de Adesão ao Tratamento Medicamentoso-Antidiabéticos Orais/Insulina, Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão, questionário socioeconômico em 2 populações distintas de DM2. O grupo 1 (G1 n=96) incluiu DM2 maior 1 ano em seguimento na UNIFESP e o grupo 2 (G2 n=88) incluiu DM2 transplantados renais maior 1 ano em seguimento no Hospital do Rim.

Resultados

Resultados: respectivamente 84% e 43% dos pacientes nos G1 e G2 utilizavam antidiabéticos orais para controle do DM, enquanto que insulina foi utilizada em 72% e 99% dos pacientes. Nos grupos 1 e 2, os pacientes se consideraram aderentes aos antidiabéticos orais em 93% e 97% dos casos, respectivamente, enquanto que a adesão à insulina foi autodeclarada em 90% dos pacientes em ambos os grupos. Quanto aos dados clínico-metabólicos, 36% dos pacientes no G1 eram obesos (versus 41% no G2) e 65% apresentavam valores elevados da hemoglobina glicada (versus 76% no G2). Discussão: Observamos taxas similares de adesão ao tratamento com antidiabéticos orais e insulina em pacientes com DM2 antes e após o transplante renal. Estas taxas foram superiores às taxas descritas na literatura. Contudo, os parâmetros clínico-metabólicos estavam alterados na maior parte dos pacientes, apesar de se autodeclararem aderentes.

Discussão e Conclusões

O instrumento utilizado neste trabalho apresenta baixa sensibilidade para identificar adesão ao tratamento medicamentoso em pacientes com DM2 tanto antes quanto após o transplante renal. A abordagem destes pacientes deve, portanto, englobar medidas multidisciplinares para melhor controle clínico-metabólico.

Palavras Chave

diabetes, transplante renal, adesão, enfermagem