Dados do Trabalho


Título

PERDA DE POTENCIAIS DOADORES POR MANUTENÇÃO HEMODINÂMICA NO ESTADO DE SÃO PAULO

Introdução

É plausível acreditar que no estado de São Paulo, onde as condutas para manutenção do potencial doador ainda não são padronizadas nas unidades críticas de internação, muitos potenciais doadores não estejam hemodinamicamente estáveis para proceder com a extração multiorgânica, aumentando assim, a escassez de órgãos para transplante. À vista disto, torna-se necessário identificar as perdas de potenciais doadores por manutenção hemodinâmica, na tentativa aumentar a oferta de órgãos e reduzir a mortalidade na lista de espera.

Material e Método

Estudo quantitativo retrospectivo, baseado nas informações enviadas pelos hospitais notificadores do estado de São Paulo à CNCDO/SP sobre os dados de cada óbito registrado em suas respectivas unidades críticas de internação, através do Formulário Informativo de Óbitos (FormSus), sendo incluídos na pesquisa todos os formulários enviados de janeiro de 2014 a janeiro de 2017.

Resultados

A instabilidade hemodinâmica representou uma perda de 537 potenciais doadores e foi atribuída como causa de 61,9% das falhas na aquisição de órgãos potencialmente transplantáveis. Adicionalmente, observa-se que há 1,6 casos de perda para cada doador apto (1,6: 1).

Discussão e Conclusões

Dos 33.175 casos de óbitos notificados, (2,6) 867 atenderam aos critérios de possível e potencial doador. Dentre esses casos, apenas (38,1%) 330 atenderam ao critério 3, ou seja, estariam hemodinamicamente estáveis e em condições de doar os órgãos. Em linhas gerais, esse estudo revela falhas no processo doação-transplante, ressaltando, sobretudo, cuidados inadequados na manutenção hemodinâmica de potencias doadores.

Palavras Chave

doação de órgãos. manutenção hemodinâmica. potenciais doadores

Área

ÉTICA, ENFERMAGEM, COORDENAÇÃO - Estatísticas locais

Instituições

UNIFESP - São Paulo - Brasil

Autores

PAMELA SILVA BENTO, BARTIRA AGUIAR ROZA