Dados do Trabalho

Título

AVALIAÇÃO DA PREVALÊNCIA DE SINTOMAS MICCIONAIS E SEUS FATORES PREDITIVOS EM PACIENTES TRANSPLANTADOS RENAIS NO ESTADO DE RONDÔNIA

Introdução

Após o transplante renal pode-se observar sintomas miccionais que resultam em prejuízos à sua qualidade de vida e ao enxerto.

Material e Método

Estudo observacional, transversal e analítico, no qual pacientes transplantados em Rondônia foram avaliados através dos questionários: Questionário de Avaliação da Bexiga Hiperativa (OAB-V8), o Escore Internacional de Sintomas Prostáticos (I-PSS) e o International Consultation on Incontinence Questionnaire – Short Form (ICIQ-SF). Analisou-se os registros, quanto ao perfil clínico-demográfico e quanto aos sinais/sintomas de disfunção miccional.

Resultados

Foram entrevistados 43,4%(89/205) dos transplantados, sendo 53,9%(48/89) transplantados em Rondônia. A maioria do sexo masculino (70,8%; 63), idade média de 42,6 anos (DP=12,47). O tempo médio de diálise foi 37,1 meses (DP=30,16) e o tempo médio de isquemia total é 16h(DP=10,1). As comorbidades mais frequentes foram HAS(72,8%;51/70) e Diabetes mellitus(28,5%;20/70). As principais causas de DRC foram etiologia desconhecida (33,7%;30) e HAS (15,7%;14). 51,7%(46) usaram cateter duplo J e 42,7%(38) apresentaram função retardada do enxerto. A média da creatinina foi de 1,58 e 31,46%(28) apresentaram infecção por CMV. No questionário OAB-V8 35,95%(32/89) apresentaram bexiga hiperativa (≥8 pontos). O ICIQ-SF demonstrou que 12,4%(11/89) sofrem de incontinência urinária, sendo que 3,3%(3/89) consideram leve impacto sobre a qualidade de vida, e 4,5%(4/89) grave impacto. Pelo I-PSS, 48,4%(30/62) apresentaram sintomas leves de trato urinário inferior (0-7 pontos), 45,1%(28/62) moderados (8-19 pontos) e 6,5%(4/62) graves (20-35 pontos).

Discussão e Conclusões

Transplantados renais de Rondônia apresentam alta prevalência de sintomas miccionais, com destaque para a síndrome de bexiga hiperativa.

Palavras Chave

sintomas miccionais; transplante renal