Dados do Trabalho

Título

Identificação e avaliação de indicadores de eficiência no pós-transplante renal em Porto Velho, Rondônia

Introdução

Monitorar indicadores de qualidade em um serviço de transplantes é fundamental pois permite adoção de medidas que possam corrigir trajetórias e equipará os resultados àqueles alcançados por outras equipes.

Material e Método

Trata-se de extensão universitária na qual alunos do curso de medicina acompanham indicadores de qualidade do serviço de transplante renal de Rondônia, através de análises de seus registros: número de transplantes realizados; depuração de creatinina estimada (método MDRD); rejeição aguda ao enxerto; infecções por Citomegalovírus (CMV); sobrevida do enxerto 5 anos após o transplante; tempo médio de sobrevida do enxerto; complicação cirúrgica; função retardada do enxerto; sobrevida do paciente.

Resultados

Entre 2014 e 2019, foram realizados 75 transplantes de rim em Rondônia. Destes, 10,67%(n=8) pacientes perderam a função do enxerto e 8% (n=6) foram a óbito. A média da taxa de filtração glomerular estimada nos 61 pacientes com enxerto funcionante foi de 61,95 (dp=20,72). Rejeição aguda ocorreu em 18,67% (n=14/75) e pelo menos 1 episódio de infecção por CMV, 60% (n=45/75). A sobrevida do enxerto após 5 anos do transplante foi de 80,6% e o tempo médio de sobrevida do enxerto de 47,6 meses (n=73; dp=1,79). 22,6% (n=17/75) apresentaram algum tipo de complicação cirúrgica e 57,3% (n=47/75) tiveram função retardada do enxerto. A sobrevida do paciente estimada é de 93% em 5 anos.

Discussão e Conclusões

Os números observados em Rondônia são compatíveis com um serviço jovem e ainda em fase de estruturação. Destacam-se os altos índices de infecção por CMV, complicações cirúrgicas e função retardada do enxerto, que são alvo de ações específicas pela gestão do serviço, recentemente.

Palavras Chave

indicadores; pós-transplante; transplante renal