Dados do Trabalho

Título

Paracoccidioidomicose em paciente transplantado: relato de caso

Introdução

A paracoccidioidomicose (PCM) é uma infecção fúngica sistêmica de alta incidência no Brasil, com elevada taxa de mortalidade entre as doenças infecciosas, em especial nos pacientes imunossuprimidos.

Material e Método

Trata-se de um relato de caso com uso de dados de prontuário eletrônico e revisão de literatura.

Resultados

Paciente MGS, masculino, 59 anos, DRC de etiologia multifatorial (HAS e DM tipo II), submetido a transplante de rim em outubro de 2014 (doador cadáver). Faz uso contínuo de prednisona, micofenolato de sódio e tacrolimo. Em abril de 2018 evoluiu com piora progressiva de função renal, sendo visualizada alteração em radiografia simples de tórax, quando então foi solicitada Tomografia que evidenciou múltiplos nódulos/massas pulmonares de limites parcialmente definidos, de forma e tamanhos variados, a maior medindo 5cm, no lobo inferior esquerdo, levantando-se as hipóteses diagnósticas de doença fúngica disseminada e carcinoma broncogênico. No mês seguinte, evoluiu com tosse seca, escarro hemoptóico, dispneia, inapetência e perda de peso. Surgiu também lesão vegetante, de aspecto granulomatoso, dolorosa em região inguinal direita. Resultado de biópsia transbrônquica apontou a presença de Paracoccidioides brasiliensis. Realizou-se tratamento com itraconazol, no qual se obteve melhora significativa, com regressão completa do quadro pulmonar e da lesão inguinal após 30 dias de tratamento.

Discussão e Conclusões

Apesar de infrequente, há relatos na literatura de casos de pacientes que desenvolveram manifestações clínicas da PCM após transplantes de órgãos sólidos. Isso se deve, talvez, a imunossupressão induzida pós-transplante. Relatamos o caso de um paciente que evoluiu com paracoccidioidomicose disseminada pulmonar e cutânea, apresentando boa evolução após tratamento com itraconazol.

Palavras Chave

paracoccidioidomicose

Área

RIM - Imunossupressão