Dados do Trabalho

Título

Implantação de perfusão renal em máquina em Rondônia: resultados preliminares

Introdução

A perfusão em máquina objetiva reduzir retardo na função do enxerto (DGF), tempo de hospitalização e sobrevida do enxerto. No presente estudo comparou-se resultados entre os receptores cujo enxerto recebeu perfusão em máquina e o restante da amostra.

Material e Método

Estudo transversal, no qual transplantados renais em Rondônia, entre maio/2014 a fev/2019, foram avaliados quanto a evolução clínica.

Resultados

45 pacientes receberam enxerto sem uso da máquina, sendo 62%(n=28) homens, idade média de 46 anos (dp=12,6) e acompanhamento pós transplante de 29 meses (dp=18,2). Destes, 4%(n=2) foram a óbito e 9%(n=8) perderam a função do enxerto. O tempo de isquemia médio foi de 18hs (dp=7,7). Observou-se rejeição aguda em 24%(n=11), complicações cirúrgicas em 22%(n=10), DGF em 69%(n=31) e infecções por citomegalovírus (CMV) em 75%(n=34). Depuração de creatinina média (MDRD) foi de 61,5(dp=23,3). Por outro lado, entre os 11 pacientes que receberam enxerto perfundido em máquina, temos: 64%(n=7) homens, idade média de 52 anos (dp=9,7) e tempo de acompanhamento de 10 meses (dp=8). Nenhum perdeu a função do enxerto, mas 27%(n=3) foram a óbito. O tempo médio de isquemia foi de 19hs (dp=9,5) e nenhum apresentou rejeição aguda. A média da depuração foi de 66,7(dp=20,28), 9%(n=1) complicação cirúrgica, 45,5%(n=5) DGF e 27,3%(n=3) infecções por CMV.

Discussão e Conclusões

Apesar de terem semelhante tempo de isquemia, o grupo que usou máquina apresentou menor DGF e melhor creatina quando comparado aos que não usaram. Além disso, no grupo máquina não houve perda de enxerto ou rejeição aguda e houve menor taxa de infecções por CMV e complicações cirúrgicas. Apesar do baixo número de pacientes, esses resultados preliminares apontam a reprodução local de benefícios observados em estudos maiores com perfusão em máquina.

Palavras Chave

máquina de perfusão