Dados do Trabalho

Título

PLAQUETOPENIA NO PRÉ- E PÓS-TRANSPLANTE RENAL: PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS

Introdução

A plaquetopenia é muito prevalente no primeiro ano pós-transplante renal (TR), sendo a menor contagem de plaquetas observada nos primeiros 3 meses. Os autores avaliam a prevalência e gravidade da plaquetopenia no TR e fatores associados à sua ocorrência.

Material e Método

Estudo de coorte retrospectivo, incluindo receptores de TR realizado em hospital terciário, no período de janeiro/2014 a dezembro/2015. A gravidade da plaquetopenia foi avaliada segundo os Critérios Comuns de Terminologia para Eventos Adversos. Foi realizada uma análise multivariada dos fatores associados à sua ocorrência.

Resultados

Foram incluídos 159 pacientes, 56,6% masculino, idade média 45 anos, 97,4% doador falecido. A prevalência de plaquetopenia foi 18% no pré-TR, 82% de 0-1m; 81% de 1-3 m; 33% de 3-6 m; 23% de 6-12 m. A maior prevalência de plaquetopenia grau 1 (75.000-150.000/mm3) foi observada no 1º e 3º mês pós-TR (72% e 25%, respectivamente),de grau 2 (50.000-75.000/mm3) no 1º e 3º mês (8% e 1%) e de grau 3 (25.000-50.000/mm3) no 1º mês (3%). A conduta na plaquetopenia nos 3 primeiros meses pós-TR foi: monitoramento em 63%; redução/suspensão da timoglobulina em 10%; redução do micofenolato em 9%; redução/suspensão do antiviral em 1%. A creatinina na alta e as plaquetas pré-TR foram significativamente diferentes segundo a presença ou não de plaquetopenia. Na análise multivariada, uma contagem maior de plaquetas no pré-TR apresentou uma redução no risco de plaquetopenia entre 0-3 meses.

Discussão e Conclusões

A plaquetopenia foi mais prevalente nos três primeiros meses pós-TR, bem como sua gravidade, onde merece mais atenção e monitoramento da evolução clínica, sendo escassos os estudos que avaliam a prevalência da plaquetopenia no pré- e pós-TR.

Palavras Chave

Transplante renal, Plaquetopenia, Prevalência

Área

RIM - Complicações