Dados do Trabalho

Título

PNEUTMOTÓRAX EM PNEUMOCISTOSE DE PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO EM INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA HIPOXÊMICA: RELATO DE CASO

Introdução

Pneumocistose em paciente transplantado renal sem profilaxia com sulfametoxazol-trimetoprim é comum, com evolução típica para insuficiência respiratória aguda (IRpA), cuja resposta à ventilação não-invasiva (VNI) pode evitar terapias invasivas e maiores complicações.

Material e Método

Revisão retrospectiva de prontuário.

Resultados

M.L.O.N., sexo feminino, 51 anos, transplantada renal com evolução para rejeição aguda celular grave. Há 3 meses sem antibiótico devido leucopenia. Na admissão, apresentava IRpA hipoxêmica, sendo instituída VNI precocemente e transferida para unidade de terapia intensiva (UTI). Imagem tomográfica indicativa de pneumocistose. Na UTI foi utilizada VNI com pressões baixas durante 4 dias, com resposta gradativa. No 5º dia de internação, paciente apresentou sinais de enfisema subcutâneo, sendo a VNI suspensa imediatamente. Nova tomografia evidenciou pneumotórax (PNTX) e pneumomediastino. Última radiografia de tórax até então era do 2º dia de internação, sem novos achados. Acionada equipe de cirurgia torácica, realizada drenagem de tórax com seguimento pela equipe da fisioterapia. No 9º dia de internação teve alta da UTI, com reversão total da IRpA e desmame de oxigênio.

Discussão e Conclusões

PNTX espontâneo é um achado pouco comum em pneumocistose. A pressão positiva também pode ser um fator causador para PNTX iatrogênico, ainda que tal evento também não seja comum. No caso clínico, não há a confirmação que a VNI tenha causado o PNTX devido falta de monitorização em imagem radiológica. Ainda que com o evento adverso, a paciente apresentou resposta ao uso de VNI. A VNI é uma terapia útil em pacientes imunossuprimidos com infecção pulmonar, porém ressalta-se a importância da monitorização pulmonar, especialmente em pacientes com pneumocistose, pelo risco de complicações pulmonares.

Palavras Chave

PNEUTMOTÓRAX