Dados do Trabalho

Título

POTENCIAIS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS EM TRANSPLANTADOS RENAIS

Introdução

O transplante é indicado como terapia renal substitutiva (TRS) aos pacientes com o estágio 5 da doença renal crônica (DRC). Por apresentarem comorbidades, o uso de polifarmácia é comum. Consequentemente, este grupo torna-se vulnerável aos eventos adversos provocados pelas interações medicamentosas (IMs). Com isso, buscou-se identificar IMs potencialmente prejudiciais em pacientes transplantados renais em acompanhamento ambulatorial no Maranhão.

Material e Método

Realizou-se um estudo transversal, descritivo, com abordagem quantitativa, entre junho e outubro de 2017 com 113 pacientes. As IMs foram identificadas e caracterizadas através do software Micromedex®.

Resultados

A média de medicamentos de uso contínuo verificada foi de 6,90 ± 2,01 medicamentos por paciente, caracterizando a polifarmácia. Foram detectadas 50 IMs, dentre as quais 31 eram de gravidade importante.

Discussão e Conclusões

Detectou-se potenciais IMs em 35 pacientes, correspondendo a 30,97% da população investigada e aproxima-se da quantidade relatada por Marquito et al. (2014), condizente a 56,9% (n = 37). Quanto à gravidade, Sgnaolin et al. (2014) e Marquito et al. (2014) obtiveram predominância de IMs moderadas, neste estudo, porém, as interações importantes foram predominantes. Anlodipina e Tacrolimus foi a dupla interagente mais frequente. Não foi verificada associação entre as variáveis sociodemográficas, gravidade das IMs, número de medicamentos em uso e aderência com a ocorrência de potenciais IMs, contudo, a presença de potenciais IMs determinada neste estudo ratifica a importância do farmacêutico clínico na equipe multidisciplinar para a prevenção de Problemas Relacionados a Medicamentos.

Palavras Chave

Interações de Medicamentos. Transplante Renal. Insuficiência Renal Crônica.