Dados do Trabalho

Título

Paracoccidioidomicose disseminado em paciente transplantado renal: Relato de Caso

Introdução

Nos transplantados renais, os fungos são responsáveis por 5% de todas as infecções com poucos casos relatados de paracoccidioidomicose (PCM). As formas clínicas disseminadas costumam ser graves e letais. O objetivo desse relato de caso é descrever um caso de PCM em um transplantado renal na forma disseminada da doença com acometimento incomum de trato gastrointestinal.

Material e Método

relato de caso da Santa Casa

Resultados

Homem, 40 anos, re-transplantado renal preemptivo em 2018. História de PCM tratado em 2016. Iniciou, dois meses após, com febre, lesão endurecida em palato mole e língua e lesão nodular em membro inferior. Realizado biópsias com achado de PCM por anatomopatológico em região de palato e coxa. Iniciado tratamento com sulfametoxazol + trimetropim com melhora dos sintomas em sete dias. Após trinta dias, retorna com febre, tosse, piora das lesões, perda de peso, odinofagia e diarreia. Biópsias de duodeno e pulmão demonstraram PCM. Iniciado Anfotericina B endovenosa. Após 14 dias, migrado para itraconazol via oral e redução da imunossupressão. Apresentou remissão completa dos sintomas e com plano de tratamento até 04/2020

Discussão e Conclusões

A literatura mostra que o início da infecção fúngica por PCM no pós transplante recente é raro e tempo médio de onze anos.A tríade clássica envolve a mucosa orofaringea, pulmão e linfonodos, além de acometer comumente outros orgãos como a pele. Portanto, o caso se evidencia mais raro, pelo início cutâneo e envolvimento incomum do trato gastrintestinal. O paciente tinha poucos sintomas pulmonares, como descrito na literatura, e apresentava na tomografia de tórax espessamentos dos septos interlobulares, um dos achados mais comuns nesse tipo de exame na PCM. Este caso exemplifica a importância do diagnóstico e tratamento precoces.

Palavras Chave

paracococidioidomicose, transplante renal