Dados do Trabalho

Título

Fatores preditivos do tempo de espera para Transplante no Estado de São Paulo. Análise de um grande Registro Nacional com 54.000 pacientes.

Introdução

O tempo de espera em lista para transplante com doador falecido não é conhecido. O objetivo foi realizar uma análise dos fatores relacionados a maior chance de transplante através da análise robusta de um grande banco de dados.

Material e Método

Realizamos uma análise do Banco de Dados da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo no período de Fev/2001 a Julho/2018. O Banco de Dados é preenchido pelo centro transplantador no momento da inscrição e atualizado periodicamente com mudanças de status (óbito, transplante, remoção de lista dentre outros). Utilizou-se o software R versão 3.4.2 para as análises estatísticas.

Resultados

No período analisado foram avaliados 54.055 casos sendo retirados da análise os transplantes com doador vivo e os pacientes priorizados totalizando 48.207 casos. No total 28,5% dos casos foram transplantados. A percentagem de transplantes foi maior nas Regionais do interior (Ribeirão e UNICAMP) comparadas as regionais da Capital (UNIFESP e USP) sendo respectivamente: 39%; 36%; 27% e 22%. A percentagem de transplantes também foi menor no tipo de sangue O, no paciente com maior idade e maior painel. A análise de tempo até o transplante realizada por curva de sobrevida de Cox confirmou a maior taxa de transplantes nas regionais do interior e mostrou maior taxa de transplante nos tipos de sangue A e AB. A presença de HLA DR mais frequentes também aumentou a chance de transplante e a presença de homozigose em DR diminui a chance.

Discussão e Conclusões

Com base na análise de Registro pode-se estimar as variáveis que aumentam o tempo de espera para transplante com doador falecido e avaliar as características que influenciam a probabilidade de transplante.

Palavras Chave

tempo de espera em lista, transplante renal doador falecido, análise preditiva