Dados do Trabalho

Título

Debilidades no processo de manutenção do potencial doador em uma Unidade de Atenção Terciária de Manaus

Introdução

A Morte Encefálica (ME) pode ser definida por um decesso de caráter permanente e inconvertível das funções encefálicas desencadeadas por lesões de causa conhecida que promovam cessação de suas atividades. Observa-se que a ME desencadeie diversos efeitos nocivos expressos por alterações fisiológicas. A manutenção dos Potenciais Doadores (PD) torna-se desafiador e a não reversão das alterações pode culminar em prejuízos na efetivação do transplante de órgãos e tecidos.

Material e Método

Trata-se de um relato de experiência das atividades desenvolvidas por enfermeiros da equipe no processo de doação de órgãos na OPO de um hospital da atenção terciária referência em neurocirurgia da cidade de Manaus

Resultados

Observou-se que as principais fragilidades no processo de manutenção do PD na unidade hospitalar terciária foram: a superlotação hospitalar propiciando que o PD fique instalado fora do contexto de Unidade de Terapia Intensiva (UTI); ausência de subsídios teóricos da equipe responsável pela prestação de cuidados a estes pacientes; carga de trabalho excessiva aos profissionais; poucas equipes habilitadas para avaliação neurológica adequada e como consequência desse processo subnotificação dos casos de ME

Discussão e Conclusões

Diante do exposto verifica-se quanto a necessidade de educação continuada sobre ME ao quadro de profissionais atuantes nos setores de internação desses pacientes e elaboração de protocolos institucionais multiprofissionais de cuidados. Dessa forma os pacientes serão avaliados pela Comissão Intra-hospitalar de Doação e Transplante de Órgãos ou Organização de Procura de Órgãos numa ótica exitosa de cuidados adequados para posterior efetivação do transplante de órgãos e tecidos.

Palavras Chave

Enfermagem; Doação de Órgãos e Tecidos; Morte Encefálica