Dados do Trabalho

Título

Gravidade da doença hepática, aspectos psicossociais e seus impactos na Qualidade de Vida no Transplante de Fígado.

Introdução

A doença hepática irreversível está associada à alta morbidade e mortalidade, com declínio progressivo em sua qualidade de vida (QV), relacionada aos sintomas físicos e implicações psicológicas e sociais. O MELD (Model for End-stage Liver Disease) é um escore utilizado como preditor da mortalidade de pacientes com cirrose hepática. Por muitos anos, o sucesso do transplante estava focado no desenvolvimento de técnicas de anastomoses vasculares e da imunologia. No entanto, mais recentemente um novo foco de preocupação voltou-se para avaliação da QV no grupo de pacientes transplantados. O presente estudo teve o objetivo de avaliar QV dos pacientes transplantados de Fígado.

Material e Método

Foi realizado um estudo qualitativo prospectivo descritivo e exploratório; com aplicação de um questionário semi estruturado que investiga a QV e o perfil psicossocial, além do instrumento validado Liver Disease Quality of Life (LDQOL). Foram entrevistados 345 pacientes submetidos a transplante hepático cadavérico no Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICDF), no período de 2012 a 2018.

Resultados

O aumento do MELD interferiu negativamente na QV dos pacientes antes do transplante. Após a realização do transplante hepático a gravidade apresentada no período pré transplante não é fator preditor de QV.

Discussão e Conclusões

A QV não está apenas relacionada a ausência de doença mas sim em um estado de bem estar físico, mental e social. Aspectos relacionados a manutenção e qualidade do tratamento após o transplante como tomada dos medicamentos, manutenção de bons hábitos alimentares, atividade física e retorno as atividades habituais que eram realizadas antes do adoecimento podem influenciar na percepção do paciente quanto a sua QV.

Palavras Chave

Qualidade de vida, Transplante de Fígado, Aspectos psicossociais, Hepatopatias.