Dados do Trabalho

Título

A correlação entre estado nutricional e o tempo de internação no pós transplante cardíaco e pulmonar

Introdução

O transplante é uma opção de tratamento para doenças cardíacas e pulmonares avançadas que não apresentam mais resposta ás terapias disponíveis. O estado nutricional adequado melhora a recuperação do estresse cirúrgico. O objetivo foi verificar se houve correlação entre estado nutricional e tempo de permanência hospitalar após o transplante.

Material e Método

Trata-se de um estudo de coorte retrospectivo. Foram coletados os dados de prontuário de pacientes com 18 anos ou mais, submetidos ao transplante cardíaco e pulmonar, no Instituto do Coração HCFMUSP, entre janeiro de 2017 e dezembro de 2018. Para análise estatística foi aplicado o teste de regressão linear. Todas as análises foram realizadas no software SPSS 22 for Windows com nível de significância de p=0,05.

Resultados

A mediana de IMC no transplante cardíaco foi 24,2kg/m² (20,7 - 59,5) e no transplante pulmonar 20,6 kg/m² (19,2 - 24,8). A mediana para o intervalo entre o transplante cardíaco e a alta foi de 40 dias (31-56) e pulmonar 25 dias (18-37). A regressão linear para o transplante cardíaco mostrou fraca relação entre o IMC e o tempo entre o transplante e a alta (r=0,086;p=0,508). No transplante pulmonar a correlação entre as variáveis foi mais alta quando comparada ao transplante cardíaco (r=0,308;p=0,064), porém não foi estatisticamente significativo.

Discussão e Conclusões

Os resultados mostram que não houve associação significativa entre o IMC e o tempo de alta.Não houve correlação entre IMC e tempo de permanência hospitalar após o transplante.Estudos mostram que o estado nutricional pode influenciar em complicações pós-cirúrgicas e o tempo de permanência hospitalar pode alterar o desfecho do paciente após a alta.Sugerimos assim outros estudos com uma maior amostra e maior tempo de acompanhamento desses pacientes.

Palavras Chave

transplante
estado nutricional
pós-operatório