Dados do Trabalho

Título

OS DESAFIOS DO SERVIÇO SOCIAL FRENTE ÀS NOVAS CONFIGURAÇÕES DE FAMÍLIA NO TRANSPLANTE

Introdução

A discussão da centralização da família no processo de cuidado surge como ponto importante na construção do tratamento em saúde. O impacto da política-econômica e o modo de produção capitalista no Brasil refletem diretamente na configuração e reconfiguração da concepção da família, impossibilitando determinar um modelo único.

Material e Método

Estudo descritivo do tipo relato de experiência da atuação do Serviço Social na Avaliação Social em um Centro Transplantador do Distrito Federal - DF.

Resultados

Na Avaliação Social, de janeiro a dezembro de 2018, houveram 34 transplantes cardíacos. Observa-se que a composição familiar apresenta diversas configurações, nos casos analisados 32% dos cuidadores são constituídos por irmãos, 32% companheiros, 21% genitoras, 9% filhos, 3% ambos os pais, 3% amiga.

Discussão e Conclusões

O Assistente Social, na Avaliação Social, consegue identificar a rede e vínculos familiares do paciente na perspectiva de mobilização e ampliação de suporte para o tratamento. A presença dos irmãos como principais cuidadores no tratamento evidencia a vinculação a fatores como ausência dos genitores ou filhos, rompimento de vínculos familiares e rede de suporte restrita. O desafio na atualidade é compreender o amplo significado da família e sua representação legal no processo de tratamento. O modelo atual de reconhecimento legal do conceito de família limita a compreensão das novas reconfigurações familiares, desconsiderando a crescente participação da família extensa por laços de afetividade, que não necessariamente compartilham o mesmo domicílio ou laços consanguíneos. A complexidade da realidade social exige articulação das Políticas Públicas para responder as demandas advindas das novas configurações familiares e suas especificidades.

Palavras Chave

Família, Serviço Social, Avaliação Social, Transplante Cardíaco.